10/10/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês | Jean-Pierre Melville, O Samurai
Em colaboração com o Institut Français du Portugal
Bob le Flambeur
de Jean-Pierre Melville
com Roger Duchesne, Daniel Cauchy, Isabelle Corey
França, 1955 - 100 min
legendado em português | M/12
É um dos filmes culto de Melville, e foi a entrada no território policial que a sua obra viria a desbravar. Seguindo um bandido na reforma que aceita participar num último grande golpe – o assalto à caixa do casino de Deauville –, Melville encontra aqui uma das suas grandes paixões: o filme de “gangsters” à americana. A transposição desse universo para o cenário francês é perfeita, numa obra que Godard citou em À BOUT DE SOUFFLE. As obras-primas do período final de Melville (LE SAMOURAÏ e LE CERCLE ROUGE) são mais abstratas, mas no seu fascínio direto pelo cinema americano BOB LE FLAMBEUR (“Bob, o Estroina”) não é menos perfeito. A apresentar em cópia digital.
10/10/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês | Jean-Pierre Melville, O Samurai
Em colaboração com o Institut Français du Portugal
Deux Hommes dans Manhattan
de Jean-Pierre Melville
com Jean-Pierre Melville, Pierre Grasset, Ginger Hall
França, 1958 - 82 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Jean-Pierre Melville, “o mais americano dos cineastas franceses”, que no anterior BOB LE FLAMBEUR filmara Pigalle à luz do policial americano, ambientou toda a ação desta sua quinta longa-metragem em Nova Iorque. Mostra a metrópole americana como uma cidade sombria, quase exclusivamente noturna, numa homenagem à estética do filme negro americano, e particularmente THE ASPHALT JUNGLE, de John Huston, que era um dos seus filmes preferidos. Mas os dois protagonistas são franceses, um jornalista e um fotógrafo, que fazem um inquérito sobre o desaparecimento de um diplomata francês. O desenlace é um belo anticlímax.
10/10/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês | Jean-Pierre Melville, O Samurai
Em colaboração com o Institut Français du Portugal
24 Heures de la Vie d'un Clown | Les Enfants Terribles
duração total da projeção: 115 min | M/12
24 HEURES DE LA VIE D'UN CLOWN
de Jean-Pierre Melville
com Béby, Maïss
França, 1947 – 18 min / legendado eletronicamente em português
LES ENFANTS TERRIBLES
de Jean-Pierre Melville
com Nicole Stéphane, Édouard Dermit, Jacques Bernard, Renée Cosima Jean Cocteau
França,1949 – 107 min / legendado eletronicamente em português
Impressionado por LE SILENCE DE LA MER, Jean Cocteau propôs a Melville a adaptação ao cinema do seu romance Les Enfants Terribles (1929), participando no argumento e assumindo o papel de narrador. “A transposição de Melville é arquitetónica, musical (e até certo ponto uma questão de ‘casting’) – como LE SILENCE DE LA MER, uma magistral tradução poética das palavras em imagens” (Gary Indiana). A sessão abre com o filme de estreia de Melville no duplo papel de realizador-produtor, em que este retrata o universo de dois palhaços do circo Medrano, muito célebres nos anos quarenta, Béby e Maïss: 24 HEURES DE LA VIE D'UN CLOWN (a apresentar em cópia digital numa primeira exibição na Cinemateca) é a única curta-metragem da filmografia de Melville, que afirmava a precedência do seu amor pelo circo em relação ao cinema: “Desse amor, guardei uma amizade, o palhaço Béby, que era então o maior palhaço vivo e que eu mais tarde viria a adorar numa curta-metragem de Bresson.”
11/10/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês | Jean-Pierre Melville, O Samurai
Em colaboração com o Institut Français du Portugal
Léon Morin, Prêtre
Amor Proibido
de Jean-Pierre Melville
com Jean-Paul Belmondo, Emmanuelle Riva, Irène Tunc, Nicole Mirel
França, 1961 - 125 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Melville regressa à época de LE SILENCE DE LA MER, com outra história que tem por pano de fundo a ocupação alemã durante a Segunda Guerra. Sob o signo da religião, o filme conta a história da relação que se vai estabelecendo entre uma jovem viúva, militante comunista, e o padre que ela procura num momento de crise para atacar a religião que considera “o ópio do povo”. Longe da esfera policial, distante da sedutora imagem de Jean-Paul Belmondo recém-criada em À BOUT DE SOUFFLE, é o surpreendente filme do encontro entre Melville e o ator, que voltariam a filmar juntos em LE DOULOS e L’AINÉ DES FERCHAUX. A apresentar em cópia digital.
11/10/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
A Cinemateca com a Festa do Cinema Francês | Jean-Pierre Melville, O Samurai
Em colaboração com o Institut Français du Portugal
Quand Tu Liras Cette Lettre
Quando Leres esta Carta
de Jean-Pierre Melville
com Juliette Gréco, Philippe Lemaire, Yvonne Sanson, Daniel Cauchy, Robert Dalban
França, Itália, 1953 - 104 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Na sua terceira longa-metragem, Melville filma a história dramática da personagem de Thérèse, uma rapariga de vocação religiosa que renuncia ao convento para cuidar da irmã mais nova que se apaixona por um homem brutal, é por ele violada e tenta suicidar-se, mas sendo ela própria exposta ao charme do jovem malfeitor. QUAND TU LIRAS CETTE LETTRE não foi um filme estimado por Melville e é tido como o título mais anódino da sua filmografia. “A partir de um muito belo argumento, de Jacques Deval, fiz um filme que podia ser assinado por qualquer um dos realizadores franceses da época”, “gosto muito de Philippe Lemaire e de alguns momentos de Gréco como religiosa” (Melville). A apresentar em cópia digital, numa primeira exibição na Cinemateca.