CICLO
Lançamento da Edição DVD “Rino Lupo: Mulheres da Beira / Os Lobos”


Em 2015, a Cinemateca lançou a sua primeira edição autónoma em DVD: uma caixa com cinco discos, com a edição completa do JORNAL PORTUGUÊS (1938-51), em versão restaurada. No ano seguinte, editámos um DVD dedicado ao trabalho antropológico desenvolvido por Margot Dias em Moçambique. Publicamos agora o nosso primeiro DVD dedicado a um filme de ficção. Começando pelo começo, escolhemos um filme mudo, um dos mais importantes realizados em Portugal, OS LOBOS, de Rino Lupo (1924), no qual João Bénard da Costa viu nada menos do que a matriz do que “seriam as constantes do melhor cinema português”.
 
 
12/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Lançamento da Edição DVD “Rino Lupo: Mulheres da Beira / Os Lobos”

Os Lobos
de Rino Lupo
Portugal, 1923 - 83 min
 
12/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Lançamento da Edição DVD “Rino Lupo: Mulheres da Beira / Os Lobos”
Os Lobos
de Rino Lupo
com José Soveral, Branca de Oliveira, Joaquim Almada, Sarah Cunha
Portugal, 1923 - 83 min
mudo, intertítulos em português | M/12
com acompanhamento ao piano por Nicholas McNair
O italiano Rino Lupo (1888-1934) começou a trabalhar em cinema em Paris em 1908, prosseguindo a sua carreira na Alemanha, na Dinamarca, na Rússia e na Polónia. Em 1921, foi convidado a instalar-se em Portugal pela Invicta Filmes, empresa fundada no Porto com a ambição de realizar filmes de qualidade. Depois de MULHERES DA BEIRA, que foi mal recebido, Rino Lupo realizou OS LOBOS, rodado em cenários naturais na Serra da Estrela, considerado como um dos melhores filmes mudos realizados em Portugal. Depois deste filme, Lupo voltou para França, embora ainda tenha regressado a Portugal para filmar, porém com muito menos brilho. A propósito de OS LOBOS, João Bénard da Costa escreveu: “OS LOBOS, um filme eventualmente influenciado pela escola nórdica, é a obra onde se desenham as matrizes do que, no futuro, seriam as constantes do melhor cinema português: a criação de uma poética à margem do argumento ou até contra ele; a fundamentação de uma figuração plástica como contorno de uma figuração dramática; a colagem de citações – ou memórias – dispersas aglutinando um imaginário que não se reconhece no que é mas no que flui”. Nicholas McNair interpreta ao piano a música original composta por António Tomás de Lima em 1925, gravada propositadamente para a edição DVD do filme agora lançada pela Cinemateca.