27/05/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O húngaro Pal Fejos foi uma curiosa personalidade. Começou por fazer filmes comerciais no seu país natal, antes de emigrar para os Estados Unidos, onde fez filmes com ambições artísticas, como LONESOME. De volta à Europa, trabalhou em França e na Hungria, mas abandonou o cinema depois de um documentário, em 1938, dedicando-se a partir de então a pesquisas científicas. Ainda marcado por elementos de linguagem do período mudo, “MARIA, LENDA HÚNGARA” é típico da liberdade formal do melhor cinema dos anos trinta, combinando elementos melodramáticos e fantasia. Trata-se da história de uma camponesa seduzida, que engravida e vai trabalhar num bordel. Ao morrer, vai para um céu semelhante ao de LILIOM, de Fritz Lang (que é baseado num romance húngaro), com uma cozinha cheia de panelas de ouro.