Numa casa de campo, Marguerite Duras lê a Gérard Depardieu o projeto de um filme. Depardieu escuta-a quase mudo. A escritora profere frases como: “esta será a história de uma mulher de certa idade que terá pedido boleia e um camionista”; “a mulher terá falado bastante, terá cantado, terá expresso as suas opiniões políticas, terá falado de Karl Marx, terá mencionado como a sua filha acabara de ter um filho…”. No texto surgem ainda alusões às duras condições dos portugueses imigrados em França. Experiência limite em que, através de um filme, Duras nos revela um outro, nunca realizado.