08/07/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Outras Sessões Julho
Les Anges du Péché
de Robert Bresson
com Renée Faure, Jany Holt, Sylvie, Mila Parély
França, 1944 - 91 min
legendado em português | M/12

Primeira longa-metragem de Bresson e um dos dois únicos filmes em que utilizou atores profissionais (o outro foi LES DAMES DU BOIS DE BOULOGNE). Bresson preferia “modelos” a atores, pois “nós somos complexos e aquilo que o ator mostra não é complexo.” Mas neste filme, como assinalou Jorge Silva Melo, as duas atrizes principais são modelos do "anjo" e do "pecado". Estranho paradoxo para quem não acreditava em atores. Esta história, situada num convento que se consagra à redenção das jovens perdidas, realizada com o rigor que caracteriza Bresson, aborda o tema central do seu cinema, o da Graça. Os diálogos são de Jean Giraudoux.

08/07/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Outras Sessões Julho
Le Beau Mariage
O Bom Casamento
de Eric Rohmer
com Béatrice Romand, Arielle Dombasle, André Dussolier, Féodor Atkine
França, 1982 - 99 min
legendado em português | M/6

O segundo filme da série das “Comédias e Provérbios” é posto sob o signo de um “provérbio” de La Fontaine: ”Quem não procura o que quer e não faz castelos em Espanha?” Quem faz castelos em Espanha neste filme é uma jovem provinciana, farta de ligações temporárias e que decide casar-se, embora sem saber ainda com quem. Um elaborado plano para um “bom casamento”, com um rapaz de uma classe social mais alta, acaba por fracassar. Neste filme, as personagens de Rohmer elevam as suas contradições à categoria de sistema, o que é uma das tónicas das “Comédias e Provérbios”, cujas personagens são mais frágeis do que as dos “Contos Morais”.

08/07/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Outras Sessões Julho
O Descobrimento do Brasil
de Humberto Mauro
com Álvaro Costa, Manoel Rocha, Armando Duval, Arthur de Oliveira
Brasil, 1937 - 61 min
M/12

Neste seu filme de finais dos anos trinta, o pioneiro Humberto Mauro, um dos mais estimulantes e inventivos cineastas brasileiros, reconstitui a histórica viagem de Pedro Álvares Cabral a partir da carta a El-Rei Dom Manuel de Pero Vaz de Caminha, tido como o primeiro documento oficial do Brasil. A cena da primeira missa no Brasil propõe uma reprodução fiel de um quadro famoso de Victor Meirelles. A banda musical é de Heitor Villa-Lobos.

09/07/2014, 15h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Outras Sessões Julho
52 Pick-Up
Armadilha Fatal
de John Frankenheimer
com Roy Scheider, Ann-Margret, Vanity, John Glover, Robert Trebor
Estados Unidos, 1986 - 110 min
sem legendas | M/16

Em 52 PICK-UP John Frankenheimer dirige um guião de Elmore Leonard, autor muito apreciado em Hollywood. O filme coloca Roy Scheider e Ann-Margret no centro de uma história de homicídios e chantagem ambientada em Los Angeles.

09/07/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Outras Sessões Julho
Inland Empire
Inland Empire
de David Lynch
com Laura Dearn, Jeremy Irons, Justin Theroux, Grace Zabriskie, Ian Abercrombie, Karen Baird, Harry Dean Stanton
Estados Unidos, Polónia, França, 2006 - 179 min
legendado em português | M/16
Lançamento de livro sobre cinema de David Lynch

O livro de Fátima Chinita O Espectador (In)Visível Reflexividade na Óptica do Espectador em Inland Empire é apresentado por João Lopes e João Maria Mendes antes da projeção de INLAND EMPIRE.

A esta data última longa-metragem de David Lynch, e a primeira que o cineasta americano filmou inteiramente em digital, INLAND EMPIRE despertou reações extremadas quando estreou, “baralhando” os dados mas em consonância com o universo lynchiano. Uma viagem mental, um sonho, uma alucinação, foram termos aplicados pelos que gostaram muito e pelos que não gostaram nada. Para o realizador, a experiência da rodagem, que na altura considerou arriscada, foi essencialmente diferente porque aconteceu sem guião. “A contemplação é indissociável da sua própria experiência, e esta tem tanto de intelectual como de sensorial. […] E esses extremos, num certo sentido, são o ponto mais aproximado a que Lynch chegou (provavelmente desde ERASERHEAD) daquela que é a sua natureza, o seu ADN de cineasta: a liberdade visionária e associativa dos surrealistas e vanguardistas doutras décadas, a rudeza labirinticamente material e conceptual dalgum experimentalismo ‘underground’, o gosto pelo dispositivo paradoxal e interpelador de algumas artes plásticas (mormente videográficas) modernas” (Luís Miguel Oliveira, Ípsilon). A sessão assinala o lançamento do livro de Fátima Chinita O Espectador (In)visível Reflexividade na Óptica do Espectador em Inland Empire, de David Lynch, editado pela Livros Labcom.