22/09/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Knight Without Armour
Cavaleiro sem Armas
de Jacques Feyder
com Marlene Dietrich, Robert Donat, Irene Vanburgh, Herbert Lomas
Reino Unido, 1937 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Produção de Alexander Korda, o húngaro que transpôs para a Grã-Bretanha o sistema e as mitologias de Hollywood. A equipa do filme é muito cosmopolita, pois além de Marlene Dietrich e Jacques Feyder, reúne Miklos Roszá na música e Lazare Meerson na cenografia. A narrativa começa nos últimos momentos do regime czarista e atravessa a revolução e a guerra civil. Marlene Dietrich é uma condessa russa, que acaba por se envolver com um jovem tradutor inglês, que se aliara a um comissário comunista. Feyder mostra a vedeta sob os mais variados aspectos: como uma aristocrata rica nas corridas de cavalos, a enfrentar a plebe no parque do seu castelo, disfarçada de camponesa para fugir da revolução, nua num banho de espuma e vestida de homem. Apesar do lado romanesco, o argumento tem um mínimo de veracidade histórica, pois as peripécias dos protagonistas são condicionadas pela instabilidade do poder, entre Brancos e Vermelhos, durante a guerra civil.
22/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Younest Maxima
“A Juventude de Máximo”
de Grigori Kozintsev, Illya Trauberg
com Boris Chirkov, Valentina Kibardina, Aleksandr Kulabov, Mikhail Tarkhanov
URSS, 1935 - 97 min
legendado em português | M/12
A chamada “Trilogia de Máximo”, cuja ação decorre entre 1910 e 1917, é um marco importante no cinema soviético. Os três filmes foram concebidos como um todo. Os seus realizadores foram membros célebres do grupo de Leningrado da primeira vanguarda do cinema soviético, na FEKS (Fábrica do Ator Excêntrico) e realizaram um dos grandes clássicos do período final do cinema mudo, NOVY BABYLON (“A NOVA BABILÓNIA”). Mas a trilogia marca uma viragem no trabalho da dupla, em parte devido ao facto de ser sonora, em parte por motivos ideológicos. A leitura das memórias de antigos militantes bolchevistas convenceram-nos que estes não podiam ser mostrados como heróis de filmes de aventuras. E, como assinalou Jay Leyda, autor de um livro clássico sobre o cinema soviético, “esta procura de maior veracidade na representação da atividade revolucionária e clandestina também suscitou uma forma nova”. A fotografia é mais simples e direta, evita efeitos marcantes. Nesta primeira parte, o operário Maxim apaixona-se por uma colega, adere ao movimento bolchevista, participa da luta clandestina e é preso. Mas os realizadores não deixaram de lado o humor, presente em diversos pormenores da ação, inclusive em “gags” visuais remanescentes da FEKS. YOUNEST MAXIMAS não é apresentado na Cinemateca desde 1987.
23/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Vosrachtchenié Maxima
“O Regresso de Máximo”
de Grigori Kozintsev, Illya Trauberg
com Boris Chirkov, Valentina Kibardina, Aleksandre Kuznetsov, Aleksandr Chistyakov
URSS, 1937 - 105 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A ação passa-se em 1914, no início da Grande Guerra. Maxim, “que se tornou um bolchevista plenamente formado” (Jay Leyda), e os seus camaradas organizam greves e participam em grandes manifestações contra a guerra, enfrentando a polícia czarista. Ao analisar as características estéticas da trilogia, cujos autores nunca deixaram de ser formalistas, Leyda observa que a narrativa “segue um fluxo livre. Mas isto aumenta o prazer proporcionado pelo filme, que é baseado num processo de seleção artística – de palavras, gestos, rostos, momentos”. Outra novidade foi ensaiar com os atores episódios que não seriam filmados, para que aquilo que está fora do filme fizesse parte da sua construção.
25/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Younest Maxima
“A Juventude de Máximo”
de Grigori Kozintsev, Illya Trauberg
com Boris Chirkov, Valentina Kibardina, Aleksandr Kulabov, Mikhail Tarkhanov
URSS, 1935 - 97 min
legendado em português | M/12
A chamada “Trilogia de Máximo”, cuja ação decorre entre 1910 e 1917, é um marco importante no cinema soviético. Os três filmes foram concebidos como um todo. Os seus realizadores foram membros célebres do grupo de Leningrado da primeira vanguarda do cinema soviético, na FEKS (Fábrica do Ator Excêntrico) e realizaram um dos grandes clássicos do período final do cinema mudo, NOVY BABYLON (“A NOVA BABILÓNIA”). Mas a trilogia marca uma viragem no trabalho da dupla, em parte devido ao facto de ser sonora, em parte por motivos ideológicos. A leitura das memórias de antigos militantes bolchevistas convenceram-nos que estes não podiam ser mostrados como heróis de filmes de aventuras. E, como assinalou Jay Leyda, autor de um livro clássico sobre o cinema soviético, “esta procura de maior veracidade na representação da atividade revolucionária e clandestina também suscitou uma forma nova”. A fotografia é mais simples e direta, evita efeitos marcantes. Nesta primeira parte, o operário Maxim apaixona-se por uma colega, adere ao movimento bolchevista, participa da luta clandestina e é preso. Mas os realizadores não deixaram de lado o humor, presente em diversos pormenores da ação, inclusive em “gags” visuais remanescentes da FEKS. YOUNEST MAXIMAS não é apresentado na Cinemateca desde 1987.
25/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Vyborgskaya Storona
“O Quarteirão de Vyborg”
de Grigori Kozintsev, Illya Trauberg
com Boris Chirkov, Valentina Kibardina, Mikhail Zharov, Maksim Strauch, Mikhail Gelovani
URSS, 1938 - 115 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Vyborg era o bairro operário de Petrogrado. A ação decorre entre a tomada do Palácio de Inverno, em outubro de 1917, e a dissolução da Assembleia Constituinte. Maxim torna-se comissário político e é encarregue de dirigir o banco do Estado. Segundo Jay Leyda, o filme procura responder à pergunta de Lenine: “Poderão os bolchevistas exercer o poder governamental?”. Maxim, por sinal, tem entrevistas com Lenine e Estaline. Talvez devido ao ambiente político cada vez mais pesado e repressivo, o filme tem um ritmo um pouco mais lento do que as duas primeiras partes da trilogia. VYBORGSKAYA STORONA não é apresentado na Cinemateca desde 1987.