13/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Chapaiev
de Sergei Vassiliev, Guiorgi Vassiliev
com Boris Babotchkine, Boris Blinov, Varvara Missinkova
URSS, 1934 - 94 min
legendado em português | M/12
Clássico do cinema soviético, correalizado por dois cineastas homónimos, CHAPAIEV evoca a vida de uma personagem real, um camponês analfabeto que comandou uma divisão do Exército Vermelho durante a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Civil. Tudo gira à volta da personagem titular, um chefe excecional, cuja inteligência e energia mobilizam as massas. Realizado pouco antes do início do terror de Estado estalinista e recebido com entusiasmo na União Soviética, foi considerado por Sergei Eisenstein como o modelo do “terceiro período” do cinema soviético, depois dos filmes de massas do primeiro período e as histórias de indivíduos do segundo período. Em CHAPAIEV, o indivíduo, a personagem titular, representa e encarna as massas proletárias – é ele mesmo e é todos os outros.
14/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Dvadtsat Shest Komissarov
“Os 26 Comissários de Baku”
de Nikolai Chenguelaia
com K. Gasanov, Baba-Zade, Hairi Emir-Zade, Alaverdi Melikov
União Soviética, 1932 - 109 min
mudo, intertítulos em russo legendados eletronicamente em português | M/12
Nikolai Chenguelaia (1903-1943) foi um importante cineasta georgiano, pai de dois conhecidos realizadores, Eidar e Guiorgui. A ação de DVADTSAT SHEST KOMISSAROV situa-se em Baku, no Azerbaijão, no início da guerra civil que se seguiu à vitória da revolução bolchevista. A cidade está isolada do resto da União Soviética, assediada por tropas estrangeiras e a fome espreita. Os anticomunistas tomam o poder e os vinte e seis comissários comunistas de Baku são deportados e fuzilados, antes da vitória final: Baku torna-se soviética. Longe do simplismo político – o que lhe valeu críticas à época (falou-se em “fracasso ideológico”) –, o filme de Chenguelaia pertence à corrente de busca formal do cinema soviético mudo (nomeadamente a do “argumento emocional”). Destaque para a fotografia e a composição da imagem, que inclui referências pictóricas. Uma obra fortíssima, característica da riqueza visual de grande parte do cinema realizado nas repúblicas do Cáucaso, como a Arménia e a Geórgia. Primeira exibição na Cinemateca.
15/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Knight Without Armour
Cavaleiro sem Armas
de Jacques Feyder
com Marlene Dietrich, Robert Donat, Irene Vanburgh, Herbert Lomas
Reino Unido, 1937 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Produção de Alexander Korda, o húngaro que transpôs para a Grã-Bretanha o sistema e as mitologias de Hollywood. A equipa do filme é muito cosmopolita, pois além de Marlene Dietrich e Jacques Feyder, reúne Miklos Roszá na música e Lazare Meerson na cenografia. A narrativa começa nos últimos momentos do regime czarista e atravessa a revolução e a guerra civil. Marlene Dietrich é uma condessa russa, que acaba por se envolver com um jovem tradutor inglês, que se aliara a um comissário comunista. Feyder mostra a vedeta sob os mais variados aspectos: como uma aristocrata rica nas corridas de cavalos, a enfrentar a plebe no parque do seu castelo, disfarçada de camponesa para fugir da revolução, nua num banho de espuma e vestida de homem. Apesar do lado romanesco, o argumento tem um mínimo de veracidade histórica, pois as peripécias dos protagonistas são condicionadas pela instabilidade do poder, entre Brancos e Vermelhos, durante a guerra civil.
15/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Dr Zhivago
Dr. Jivago
de David Lean
com Omar Shariff, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Tom Courtenay, Alec Guiness
Estados Unidos, 1965 - 200 min
legendado em espanhol | M/12
Sessão com intervalo
Três anos depois de LAWRENCE OF ARABIA, David Lean realizou mais uma superprodução em 70 mm, com um elenco de vedetas internacionais: DR. JIVAGO, que foi filmado em Espanha. O filme aproveitou-se do escândalo que cercara a publicação do romance de Boris Pasternak (1957), proibido na URSS, mas trazido clandestinamente para Itália, onde foi publicado no ano seguinte por um importante editor, que era membro do Partido Comunista, do qual foi expulso por este motivo. Grande escritor, Pasternak recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1958, por motivos inegavelmente políticos, mas as autoridades soviéticas obrigaram-no a recusá-lo. A narrativa estende-se por vários anos entre a Revolução de 1905 e a guerra civil que se seguiu à Revolução de 1917, com um epílogo situado nos anos cinquenta. Através destes acontecimentos históricos, acompanhamos as peripécias vividas pela personagem titular, um médico, que é alistado à força no Exército Vermelho e é separado da mulher que ama. Como em LAWRENCE OF ARABIA, os acontecimentos históricos são um pano de fundo para um grande espetáculo, embora a segunda parte do filme seja romanesca e psicológica, menos espetacular. A música de Maurice Jarre, sobretudo o “tema de Lara”, tornou-se mundialmente célebre. O filme não é apresentado na Cinemateca desde 1998.
16/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã I
Chapaiev
de Sergei Vassiliev, Guiorgi Vassiliev
com Boris Babotchkine, Boris Blinov, Varvara Missinkova
URSS, 1934 - 94 min
legendado em português | M/12
Clássico do cinema soviético, correalizado por dois cineastas homónimos, CHAPAIEV evoca a vida de uma personagem real, um camponês analfabeto que comandou uma divisão do Exército Vermelho durante a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Civil. Tudo gira à volta da personagem titular, um chefe excecional, cuja inteligência e energia mobilizam as massas. Realizado pouco antes do início do terror de Estado estalinista e recebido com entusiasmo na União Soviética, foi considerado por Sergei Eisenstein como o modelo do “terceiro período” do cinema soviético, depois dos filmes de massas do primeiro período e as histórias de indivíduos do segundo período. Em CHAPAIEV, o indivíduo, a personagem titular, representa e encarna as massas proletárias – é ele mesmo e é todos os outros.