29/09/2017, 10h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O que acontece às cidades quando perdem as salas de cinema, ou, nas grandes metrópoles, as redes de salas que as marcaram ao longo de quase todo o século XX? O que acontece ao cinema quando os seus lugares de contacto com o público deixam de ser lugares de encontro regular e intenso das comunidades urbanas? Estas e outras questões vão estar em debate no
colóquio O CINEMA E A CIDADE, que vai decorrer na Cinemateca nos próximos
dias 28 e 29 de setembro.
Entrada livre, mediante levantamento de ingresso na Bilheteira. Para salvaguardar o seu lugar faça a sua sua inscrição para
divulgacao@cinemateca.pt até ao dia 27 às 18h.
2.º PAINEL:
o espectador de cinema e a experiência da sala
A SALA COMO LUGAR SOCIAL/ TECNOLOGIA E EXPERIÊNCIA SOCIAL
moderação: Francisco Valente
10h - Nuno Fonseca:
Escutar a cidade, no cinema, na era do Dolby Atmos
A experiência da escuta no contexto da evolução recente das cidades e das galopantes transformações dos meios audiovisuais que afectaram a prática da ida ao cinema, estilhaçando os seus laços com a vida urbana local, ao mesmo tempo que se procurou intensificar a sensorialidade da vivência nas salas para a distinguir dos meios alternativos e proteiformes de ver e ouvir os filmes. (N.F.)
10h30 - Érica Faleiro Rodrigues:
Desejo, Cinema e Espaço: o erotismo e as transformações no consumo cinematográfico
Em salas rodeados por outros espectadores, sozinhos a espreitar por um cinetoscópio, de que modo, ao longo da sua história, se tem transformado o consumo do cinema na sua relação com o erotismo? (E.F.R.)
11h - Jacques Lemière:
Seul parmi ses voisins dans la salle obscure / Sozinho entre pares na sala obscura.
(intervenção em francês com tradução simultânea em português)
A experiência singular e paradoxal do espectador de cinema e a questão da sala de cinema como um lugar de ligação social.
11h30 - Paulo Cunha e Daniel Ribas:
A cinefilia na cidade no século XXI: os casos Cineclube de Guimarães e Porto/Post/Doc
Mais uma vez, e apontando-as como caso de estudo, refletimos sobre estas comunidades cinéfilas urbanas, nomeadamente o seu caráter diferenciador em relação ao contexto de exibição de cinema em Portugal no século XXI, em que o “ver cinema” se multiplicou por diversos dispositivos. (P.C.; D.R.)
12h - debate
13h - almoço
3.º PAINEL:
como a cidade atua no cinema
A TRANSFORMAÇÃO DOS FILMES E A TRANSFORMAÇÃO DA CIDADE: UMA EVOLUÇÃO MÚTUA
moderação: Joana Ascensão
14h30 - José Bértolo:
Paris pertence-nos: a cidade da Nouvelle Vague
Paris ocupa um lugar preponderante nas primeiras longas-metragens da Nouvelle Vague. Mais do que um espaço passivamente representado, a cidade torna-se um elemento ativo que informa os filmes determinantemente. (J.B.)
15h - João Almeida e Silva:
Entre “Viagem a Tóquio” e “Sonata de Tóquio”
Uma leitura de Tóquio através das imagens e narrativas presentes em “Viagem a Tóquio” (1953), de Yasujiro Ozu, e “ Sonata de Tóquio” (2008) de Kiyoshi Kurosawa. (J.A.S.)
15h30 - Ana Cabral Martins:
Hollywood: Subúrbios e Blockbusters
Uma perspetiva sobre a forma como a relação entre a indústria cinematográfica de Hollywood, as cidades e as salas de cinema americanas afetou o tipo de filmes produzido a partir de meados do século XX. (A.C.M.)
16h - Iván Villarmea:
Centros Analógicos, Periferias Digitais. Uma Deriva Cinematográfica pela Cidade Pós-Moderna
Análise de diferentes filmes dos últimos vinte anos que mostram a desaparição gradual do cinema analógico do centro da cidade e o crescimento simultâneo do cinema digital na periferia urbana. (I.V.)
16h30 - Pausa | café
16h45 – debate (termina às 18h)