05/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
Nadja a Paris | Le Signe du Lion
duração total da projeção: 113 min | M/12
NADJA A PARIS
de Eric Rohmer
com Nadja Tesich
França, 1964 – 13 min / legendado eletronicamente em português
LE SIGNE DU LION
de Eric Rohmer
com Jess Hahn, Jean Le Poulain
França, 1959 – 100 min / legendado eletronicamente em português
NADJA A PARIS acompanha as deambulações de Nadja, jovem estudante estrangeira que explora Paris. As ruas, os cafés e o espaço da cidade universitária são dissecados por este curto filme de Rohmer. LE SIGNE DU LION, o seu tardio filme de estreia, feito quando o realizador tinha 39 anos, não se inscreve no projeto de realizar uma série de filmes à volta dos mesmos temas, como este o fará com os seis contos morais, as comédias e provérbios ou os contos das quatro estações. Nesta história sobre um americano de Paris, com pouco dinheiro e reduzido à mendicidade durante o mês de agosto, quando todos os seus amigos estão de férias, a ação é menos conduzida pelo verbo do que nos filmes posteriores de Rohmer – as personagens não vivem como se fossem personagens de romance. Mas o rigor e o humor do realizador são os mesmos. E como tantos filmes da Nouvelle Vague, LE SIGNE DU LION é um grande filme sobre Paris. NADJA A PARIS é mostrado pela primeira vez na Cinemateca.
06/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
Tokyo Monogatari
“Viagem a Tóquio”
de Yasujiro Ozu
com Chishu Ryu, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara
Japão, 1953 - 136 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Conhecido em inglês como TOKYO STORY, foi o filme através do qual os espectadores ocidentais descobriram tardiamente o cinema de Ozu, em meados dos anos setenta. Um velho casal vai visitar os filhos a Tóquio, mas estes não têm tempo para a atenção devida. Tal é o pretexto para Ozu abordar o tema central do seu cinema na fase final da sua obra, a dissolução de uma família, a separação dos membros que a compõem, a resignação diante daquilo que muda. Um momento sublime de cinema, um cineasta no apogeu da sua arte que filma uma cidade em plena transformação.
06/09/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
Manhatta | Rien que les Heures | Berlin, die Symphonie der Grosstadt
duração total da projeção: 121 min | M/12
Com acompanhamento ao piano por Daniel Bruno Schvetz
MANHATTA
de Paul Strand, Charles Sheeler
Estados Unidos, 1921 – 10 min / mudo, com intertítulos em inglês, legendados eletronicamente em português
RIEN QUE LES HEURES
de Alberto Cavalcanti
França, 1926 – 45 min / mudo, intertítulos legendados eletronicamente em português
BERLIN, DIE SYMPHONIE DER GROSSTADT
Berlim, Sinfonia de uma Capital
de Walter Ruttmann
Alemanha, 1927 – 66 min / mudo, sem intertítulos
MANHATTA é cronologicamente a primeira “sinfonia urbana” que se conhece e um marco na história do modernismo. Partindo de um poema de Walt Whitman e realizado pelo famoso fotógrafo Paul Strand e pelo pintor e fotógrafo Charles Sheeler, MANHATTA justapõe às palavras do escritor imagens de forte carga poética de Nova Iorque, um hino a Manhattan e à cidade moderna. RIEN QUE LES HEURES do brasileiro Alberto Cavalcanti antecipa também uma sinfonia como BERLIN ao acompanhar o ritmo de um dia na vida de Paris. BERLIN, DIE SYMPHONIE DER GROSSTADT é o mais célebre e o mais perfeito dos filmes feitos em meados dos anos vinte sobre as diversas atividades de uma cidade, Berlim, que é a protagonista. A influência exercida por esta obra de Ruttmann foi enorme, e acabou por dar nome a um género: sinfonias das cidades.
07/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
Manhatta | Metropolis
duração total da projeção: 159 min | M/12
MANHATTA
de Paul Strand, Charles Sheeler
Estados Unidos, 1921 – 10 min / mudo, com intertítulos em inglês, legendados eletronicamente em português
METROPOLIS
Metrópolis
de Fritz Lang
com Alfred Abel, Brigitte Helm, Rudolf Klein-Rogge, Gustav Fröhlich, Fritz Rasp
Alemanha, 1927 – 149 min / versão sonorizada, com intertítulos em alemão legendados eletronicamente em português
MANHATTA é cronologicamente a primeira “sinfonia urbana” que se conhece e um marco na história do modernismo. Partindo de um poema de Walt Whitman e realizado pelo famoso fotógrafo Paul Strand e pelo pintor e fotógrafo Charles Sheeler, justapõe às palavras do escritor imagens de forte carga poética de Nova Iorque, um hino a Manhattan e à cidade moderna. É sob a influência de uma visita a Nova Iorque em 1924 que Lang realiza um dos mais célebres filmes sobre uma cidade imaginada. METROPOLIS é uma parábola sobre as relações sociais numa cidade do futuro. Os privilegiados vivem nas alturas, enquanto a massa de trabalhadores oprimidos vive nos subterrâneos, trazendo o desenlace uma reconciliação artificial entre as classes. O que faz de METROPOLIS uma obra-prima é a realização de Fritz Lang, os impressionantes e excecionais cenários futuristas, o domínio absoluto das massas de figurantes, a oposição entre homens e máquinas. É uma obra conhecida pela mutilação a que foi submetida logo depois da sua estreia, que apresentamos na versão do restauro realizado em 2010 a partir da descoberta na Cinemateca Argentina de uma cópia que continha a quase totalidade das cenas perdidas da versão original. Segundo o historiador e arquivista responsável pelo restauro, Martin Koerber, a versão do restauro permite uma nova visão de METROPOLIS. Partindo de Nova Iorque, a sessão introduz diferentes visões da cidade moderna, espelhando um confronto entre as utopias/distopias urbanas que marcaram o imaginário do século XX.
07/09/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
London
de Patrick Keiller
Reino Unido, 1994 - 85 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Os ensaios cinematográficos de Patrick Keiller, LONDON, ROBINSON IN SPACE e ROBINSON IN RUINS, desenham um mapa não-linear da evolução histórica e política da cidade de Londres e do Reino Unido em geral. O extraordinário retrato que Keiller faz de Londres reimagina a cidade através das explorações do “investigador” Robinson, que nunca vemos, e do seu igualmente invisível companheiro, o narrador do filme (Paul Scofield), “tentando conjugar duas linhagens de pensamento crítico: por um lado, a literatura urbana de Poe, Baudelaire, Louis Aragon, Walter Benjamin, entre outros; por outro lado, as visões diversas do declínio do capitalismo inglês, em particular a ideia de que a Inglaterra é uma economia em decadência e atrasada por nunca ter tido uma revolução burguesa de sucesso” (Patrick Keiller).