15/10/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
ANIM: 20 Anos (I)
Natureza Morta – Visages d’une Dictature
de Susana de Sousa Dias
Portugal, França, 2005 - 72 min | M/6
A Criação com os Arquivos
Com a presença da realizadora
Neste seu (multipremiado) filme, mergulhando nos arquivos do Estado Novo, Susana de Sousa Dias trabalhou exclusivamente imagens de arquivo filmadas entre 1926 a 1974, os 48 anos da ditadura portuguesa, cujos “aspectos” aqui se revelam a partir de imagens de atualidades, documentários de propaganda, fotografias de presos políticos e material inédito não montado, dos discursos político e eclesiástico como suporte do regime, das realidades dos prisioneiros políticos, da repressão, do exército e da guerra colonial. Atravessando o período do Estado Novo, NATUREZA MORTA culmina com importantes imagens da revolução de abril, sendo uma reflexão sobre todas estas imagens, olhadas em “slow motion”, ao mesmo tempo que antecipa 48, obra seguinte da realizadora em torno de imagens de arquivo de prisioneiros políticos da PIDE e dos seus testemunhos pessoais.
18/10/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
ANIM: 20 Anos (I)
Sonhar Era Fácil – Os Anos Cinquenta: Fim das Ilusões
de Leandro Ferreira
Portugal, 2011 - 52 min | M/6
A Criação com os Arquivos
Com a presença do realizador (a confirmar)
Numa sessão que se concentra em imagens do período da “comédia à portuguesa”, entre os anos trinta e cinquenta, SONHAR ERA FÁCIL – OS ANOS CINQUENTA: FIM DAS ILUSÕES, quarto episódio realizado por Leandro Ferreira, de uma série de cinco a partir de uma ideia de António-Pedro Vasconcelos, fala-nos da descrença final nesse formato e na distância indesmentível de um novo público em relação às suas imagens. A análise aos últimos filmes do “género” serve, também, para nos falar de uma mudança na relação dos cidadãos portugueses com o regime político que impusera as suas narrativas históricas e sociais nas últimas três décadas. Primeira exibição na Cinemateca.
19/10/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
ANIM: 20 Anos (I)
Kiss of Death
O Denunciante
de Henry Hathaway
com Victor Mature, Brian Donlevy, Richard Widmark, Coleen Gray, Karl Malden
Estados Unidos, 1947 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O Trabalho dos Arquivos
Um dos grandes filmes “negros” da década de quarenta, KISS OF DEATH revelou, logo na sua estreia, um dos maiores “vilões” do cinema americano (embora temporariamente, frequentando depois o outro lado da barreira): Richard Widmark, aqui como gangster, e inesquecível na cena em que, com riso demente, empurra sadicamente uma velha paralítica na cadeira de rodas pela escada abaixo. A apresentar em cópia digital resultante do restauro produzido pelo laboratório Cineric para a 20th Century Fox Film Corporation.
19/10/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
ANIM: 20 Anos (I)
Tristana
Tristana, Amor Perverso
de Luis Buñuel
com Catherine Deneuve, Fernando Rey, Franco Nero, Lola Gaos
Espanha, França, Itália, 1970 - 99 min
legendado eletronicamente em português | M/14
O Trabalho dos Arquivos / Homenagem a Catherine Gautier e José María Prado
com a presença de Catherine Gautier e José María Prado
Adaptação de um romance de Perez Galdós, TRISTANA é um dos filmes mais famosos de Luis Buñuel, à volta de um velho conquistador que não quer reconhecer o seu fim, e de uma jovem, Tristana, vítima de estranhos pesadelos eróticos. Um humor feroz e truculento, por vezes grotesco (“esperpêntico”, como dizem os espanhóis), faz deste filme uma das mais perturbantes incursões no desejo, nos seus objetos e perversões. A apresentar numa cópia 35 mm da coleção da Filmoteca Española.
21/10/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
ANIM: 20 Anos (I)
Fantasia Lusitana
de João Canijo
Portugal, 2010 - 60 min | M/12
A Criação com os Arquivos
Exclusivamente composto por imagens de arquivo dos anos quarenta aos sessenta, combinadas com excertos de textos de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry, que refletem as experiências vividas por estes escritores durante as suas passagens por Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, FANTASIA LUSITANA é uma primeira abordagem de João Canijo ao cinema documental. É também um filme que questiona “a propaganda imaginada e imaginária do salazarismo durante a Segunda Grande Guerra (…) que proclamava a ausência da guerra no meio da guerra, mesmo com o fluxo de refugiados que chegava a Lisboa."