26/11/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Insiang
Insiang, o Lírio de Manila
de Lino Brocka
com Hilda Koronel, Mona Lisa, Rez Cortez
Filipinas, 1976 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Segunda Idade de Ouro
Único filme de Lino Brocka com distribuição comercial em Portugal, INSIANG, O LÍRIO DE MANILA ilustra a mesma vertente da obra de Brocka que JAGUAR ou MANILA. O filme é situado num bairro de lata, numa barraca na qual coabitam uma mulher, a sua filha e o novo namorado da primeira, numa situação cada vez mais insuportável para a filha, vítima de abusos verbais e sexuais. A jovem acabará por recusar os códigos sociais que a sufocam. O filme enriquece a veia “realista” do realizador com um sentido subjacente da fantasmagoria individual. Como observou Philippe-Alexandre Saulnier, “INSIANG tem as proporções características de uma obra clássica: conjugação geométrica de um tempo (absurdo), de um lugar (fechado) e da ação e o filme consiste na afirmação de uma identidade e na interpenetração destas três unidades. INSIANG é um filme sobre a identidade de um ser e de um mundo que sufoca esta identidade”. A apresentar em cópia digital, em primeira exibição na Cinemateca.
26/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Karnal
“Na Carne”
de Marilou Diaz-Abaya
com Charito Solis, Philip Salvador, Vic Silayan, Cecille Castillo
Filipinas, 1983 - 111 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Segunda Idade de Ouro
Marilou Diaz-Abaya é considerada, com Laurice Guillen, a mais ambiciosa e importante realizadora filipina. Tornou-se conhecida com a sua segunda longa-metragem, BRUTAL, que denuncia as violências conjugais e acabou por formar a primeira parte de uma trilogia, completada por KARNAL e SENSUAL, este último sobre a descoberta do amor erótico por uma jovem. Em KARNAL, um violento melodrama, a realizadora aborda temas como o incesto e o parricídio. Um homem leva a noiva para a casa dos pais, no campo, mas tem de enfrentar a prepotência e a violência do seu pai, que também se julga no direito de dispor sexualmente da nora. A apresentar em cópia digital, em primeira exibição na Cinemateca.
27/11/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Serbis
“Serviço”
de Brillante Mendoza
com Gina Pereño, Jaclyn Jose, Julio Diaz
Filipinas, 2008 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/16
A Ascensão dos Filmes Independentes
Entre os realizadores filipinos a terem surgido nos últimos quinze anos, Brillante Mendoza é um dos mais reputados nos circuitos de autor, com obras como SERBIS, KINATAY, MA' ROSA (que teve distribuição comercial em Portugal) e LOLA, estreado no Festival de Veneza. O realizador diz que “não invento nada, a vida é assim nas Filipinas, um país repleto de contradições, onde reina a ironia e onde aquilo que é atroz coteja o magnífico”. Em SERBIS, acompanhamos a vida de uma família filipina, proprietária de um vasto cinema em declínio, que passou a programar filmes pornográficos e a servir de abrigo a diversos “marginais” da cidade. Carlos Losilla é de opinião que “quem quiser iniciar-se no mundo de Brillante Mendoza deve começar por SERBIS, que oferece um condensado das características do seu estilo. Temos, por um lado, uma maneira oblíqua de fazer avançar a narração, contemplando as coisas, sem deter-se nelas. Por outro lado, há um olhar sobre o país, a construção de grandes metáforas através de gestos quotidianos”.
27/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Balikbayan #1: Memories of Overdevelopment Redux VI
de Kidlat Tahimik
com Kidlat Tahimik, Mitos Benitez, Jeff Cohen, Kabunyan de Guia
Filipinas, 1979/2017 - 160 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Ascensão dos Filmes Independentes
Este é um dos filmes mais singulares do cineasta singular que é Kidlat Tahimik. Iniciado em 1979, o trabalho ficou inacabado e só pôde ser finalizado em 2015, conhecendo depois diferentes versões (esta é a de 2017). O título é uma alusão a um clássico do cinema cubano, MEMORIAS DEL SUBDESAROLLO, de Tomás Guttiérrez Alea. O ponto de partida de Kidlat Tahimik é o seguinte: imaginemos que uma vítima dos começos da colonização europeia tivesse realizado uma proeza histórica que o seu senhor e amo não foi capaz de levar a cabo. Em BALIKBAYAN #1 a primeira viagem à volta do globo terrestre não foi feita por Fernão de Magalhães, mas por um dos seus escravos, comprado nas Filipinas. Ao retomar o filme, depois de um intervalo de trinta anos, Tahimik expande a narrativa para os dias de hoje, o que é um modo de avaliar a situação presente nas Filipinas. Primeira exibição na Cinemateca.
28/11/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Ganito Kami Noon… Paano Kayo Ngayon?
“Aqui Estávamos… Como Estás Agora?”
de Eddie Romero
com Christopher de Leon, Gloria Diaz, Eddie Garcia
Filipinas, 1976 - 136 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Segunda Idade de Ouro
Eddie Romero (1924-2013) atravessou mais de meio século do cinema filipino (1947-2008), com mais de sessenta longas-metragens. Nos anos 50, realizou diversas comédias e melodramas extremamente populares. Nos anos 60, realizou produções expatriadas, nos Estados Unidos, destinadas ao mercado internacional. E nos anos 70, o seu cinema aproximou-se das correntes mais modernas do cinema filipino, como Lino Brocka. Protagonizado por uma supervedeta, GANITO KAMI NOON… PAANO KAYO NGAYON? é considerado o seu filme mais importante deste período, história de um jovem camponês arrastado pelos acontecimentos da revolução de 1896, durante os quais encontra a sua identidade. A apresentar em cópia digital, em primeira exibição na Cinemateca.