25/10/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Ascensão e Queda do Muro – O Cinema da Alemanha de Leste
Der Schwarze Kasten
“A Caixa Negra”
de Johann Feindt, Tamara Trampe
Alemanha, 1992 - 92 min
legendado eletronicamente em inglês e português | M/12
A Stasi / The Stasi
Um dos mais importantes documentários assinados por Tamara Trampe e Johann Feindt, assente numa entrevista com Jochen Girke, psicólogo nascido em 1949 e agente aposentado da Stasi (polícia secreta da República Democrática Alemã), filmada entre março de 1990 e junho de 1991. Durante a sua permanência na Stasi, Girke formou interrogadores e informadores. Revelando como a aplicação do seu conhecimento científico teve efeitos devastadores, o filme inclui ainda conversas com os pais, um professor, uma antiga namorada e a esposa, pessoas que com ele partilharam a sua vida. A apresentar em cópia digital.
25/10/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Ascensão e Queda do Muro – O Cinema da Alemanha de Leste
Todeslager Sachsenhausen | Nuit et Brouillard (“Versão DEFA”) | Memento
duração total da projeção: 88 min
Kaddish, uma Prece pelos Mortos / Kaddish, a Prayer to the Dead
TODESLAGER SACHSENHAUSEN
“Campo de Morte Sachsenhausen”
de Richard Brandt
Alemanha, 1946 – 40 min
NUIT ET BROUILLARD (“versão DEFA”)
Noite e Nevoeiro
de Alain Resnais
França, 1956 – 32 min
MEMENTO
de Karlheinz Mund
RDA, 1966 – 16 min
legendado eletronicamente em inglês e português | M/12
TODESLAGER SACHSENHAUSEN é o primeiro documentário da DEFA sobre os campos de concentração e o Holocausto, tratando-se de uma encomenda da administração militar soviética em Berlim no âmbito dos preparativos para o julgamento de Sachsenhausen. TODESLAGER SACHSENHAUSEN explica o papel do terror na ascensão de Hitler ao poder e a terrível máquina de extermínio empregue neste campo perto de Berlim. O filme inclui comentários de um antigo funcionário do campo, interrogado pelos oficiais soviéticos. O segundo filme da sessão é NUIT ET BROUILLARD, o conhecido filme de Alain Resnais sobre o qual Edgardo Cozarinsky escreveu que era "o único filme justo sobre o grande horror do século XX: menos o extermínio de um povo do que o programa e administração postos em funcionamento para o executar.” NUIT ET BROUILLARD descreve o funcionamento da máquina concentracionária, apoiando-se no texto de Jean Cayrol, resistente francês deportado para Mauthausen. Exibimo-lo numa versão raríssima, em que a banda de imagem original é acompanhada por um comentário alemão resultante de uma longa batalha de tradução do texto de Cayrol para alemão conduzida pela DEFA, que se opunha à versão da RFA, cuja tradução coube a Paul Celan. Uma imensa curiosidade histórica, cuja exibição só é autorizada com a sua devida contextualização. A encerrar a sessão, MEMENTO, filme que espelha o longo historial da comunidade judaica em Berlim a partir do cemitério judaico em Berlin-Weissensee, o segundo maior da Europa.
26/10/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Ascensão e Queda do Muro – O Cinema da Alemanha de Leste
Berlin Heute | Berlin um Die Ecke
duração total da projeção: 112 min
Histórias de Berlim 2 / Berlin Stories 2
BERLIN HEUTE
“Berlim Hoje”
de Joaquim Hadaschik
RDA, 1966 – 29 min
BERLIN UM DIE ECKE
“Berlim à Esquina”
de Gerhard Klein
com Dieter Mann, Monika Gabriel, Erwin Geschonneck, Hans Hardt-Hardtloff
RDA, 1965/1990 – 83 min
legendado eletronicamente em inglês e português | M/12
Em “BERLIM HOJE”, Berlim Oriental é apresentada como uma cidade internacional e moderna. Além das atrações turísticas e da vida quotidiana, o filme mostra a parada militar para o Dia do Trabalhador, a 1 de maio, assim como as celebrações do 20º aniversário do Partido de Unidade Socialista. BERLIN UM DIE ECKE foi filmado em meados dos anos sessenta também em Berlim Oriental, revelando-se como o quarto título da “série de Berlim”, de Gerhard Klein (e do coargumentista Wolfgang Kohlhaase). Esta é uma ficção construída em torno de dois amigos que integram uma equipa jovem de uma metalurgia, entrando em choque com os trabalhadores mais velhos. Acusado de retratar o conflito intergeracional como intransponível e de distorcer e exagerar os problemas nas operações de produção, o filme foi banido enquanto “desonesto e antissocialista” e apenas concluído e estreado em 1990.
26/10/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Ascensão e Queda do Muro – O Cinema da Alemanha de Leste
Eisenzeit
“A Idade do Ferro”
de Thomas Heise
Alemanha, 1991 - 86 min
legendado eletronicamente em inglês e português | M/12
A Idade do Ferro / The Iron Age
Em 1981 Thomas Heise planeava realizar um filme na cidade de Eisenhüttenstadt (na altura Stalinstadt), anunciada como “primeira cidade socialista em solo germânico”. No seu projeto nunca concretizado queria acompanhar a vida de vários jovens: Anka, Mario, Karsten, Frank e Tilo. Dez anos depois, já após a reunificação alemã, decide procurar o que resistiu no que caracterizou como “uma história da RDA”. Quatro dos protagonistas do filme anterior mudaram-se para Berlim, dois enforcaram-se nos últimos dias da RDA. Só Anka ficou em Eisenhüttenstadt. A apresentar em cópia digital.