13/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Udju Azul di Yonta
Os Olhos Azuis de Yonta
de Flora Gomes
com Maysa Marta, Pedro Dias, António Simão Mendes
Guiné-Bissau, 1992 - 96 min
legendado em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Em novembro de 1995, em colaboração com a Culturgest, a Cinemateca organizou o Ciclo “Cinemas de África”, acompanhado por um catálogo. Vinte e cinco programas, com filmes de épocas e países diferentes, foram apresentados naquele que foi o primeiro Ciclo histórico de cinema da África Negra organizado em Portugal – uma primeira abordagem não apenas exemplificativa ou casuística, mas evocando a raiz e a evolução de práticas e de conceitos ligados ao próprio binómio “cinema-África”. Um dos filmes apresentados foi OS OLHOS AZUIS DE YONTA. A segunda longa-metragem de Flora Gomes é uma delicada e comovente comédia de amores cruzados. A jovem e bela Yonta está apaixonada por Vicente, um veterano da guerra de independência, que não sabe que ela gosta dele. Enquanto isso, um rapaz está apaixonado por Yonta e manda-lhe cartas com o auxílio de um manual epistolar, o que o leva a falar na neve, que nunca viu, e nos olhos azuis da rapariga africana… “O filme tem algo de Renoir na timidez acertada dos atores e algo de Blake Edwards no ‘gag’ de uma festa de casamento, na qual os ‘buffets’ se põem em movimento sozinhos, entre os convidados”, observou Christian Viviani na Positif. Um dos clássicos do cinema africano.
14/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Maldone
de Jean Grémillon
com Charles Dullin, Génica Athanasiou, Annabella, Roger Carl
França, 1927 - 90 min
mudo, com intertítulos em francês, legendados eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
Em janeiro de 2001, a Cinemateca prestou homenagem aos Arquivos Nacionais Franceses (a não confundir, em caso algum, com a Cinemateca Francesa) com o Ciclo “Os Tesouros de Bois d’Arcy”, em que foram apresentadas diversas raridades da produção francesa juntamente com filmes de cineastas célebres ou pouco conhecidos. Uma das revelações do Ciclo foi este filme de Jean Grémillon, que dez anos depois voltaríamos a apresentar, no âmbito do Festival Temps d’Images. Cineasta que nunca teve o reconhecimento merecido e viu importantes projetos serem gorados, Jean Grémillon (1902-1959) foi um dos grandes realizadores franceses da sua geração. MALDONE, a sua primeira longa-metragem de ficção, centra-se na história do seu protagonista, Oliver Maldone, um trabalhador itinerante que é chamado a abandonar a vida de proletário e a assumir a sua condição burguesa quando tem de tratar da propriedade da família e da sua paixão pela jovem cigana Zita. Central na obra de Grémillon, o tema de MALDONE é o da dualidade, revelando o filme o talento de cineasta de Grémillon.
15/11/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
The Gang's All Here
Sinfonia de Estrelas
de Busby Berkeley
com Carmen Miranda, Alice Faye, Edward Everett Horton, Eugene Pallette, Charlotte Greenwood, Benny Goodman
Estados Unidos, 1943 - 101 min
legendado eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Mais uma evocação dos grandes ciclos de género feitos em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, neste caso o “Ciclo de Cinema Musical”, apresentado entre dezembro de 1985 e maio de 1986. Foram exibidos 126 filmes e editado um inesquecível catálogo em quatro volumes. THE GANG’S ALL HERE é o mais célebre filme com Carmen Miranda e, com grande consenso, o melhor. Na época, a maior peculiaridade do trabalho de Busby Berkeley como coreógrafo de filmes musicais foi a de, ao invés de filmar números de palco, usar efeitos óticos – íris, caleidoscópios, espirais, multiplicação de figurantes femininas de silhueta idêntica, como se fossem a mesma mulher repetida ao infinito... – no que constituiu uma revolução do musical cinematográfico. Nos anos trinta, Berkeley fez maravilhas a preto e branco; em THE GANG'S ALL HERE mostra-nos a sua loucura em Technicolor. À criatividade do mestre, junta-se a extravagância de Carmen Miranda, então no auge da sua carreira hollywoodiana. O celebérrimo número The Lady in The Tutti Frutti Hat é dos mais delirantes de toda a história do cinema musical. A apresentar em cópia digital.
15/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
L’Avventura
A Aventura
de Michelangelo Antonioni
com Monica Vitti, Lea Massari, Gabriele Ferzetti, Dominique Blanchar
Itália, 1960 - 136 min
legendado em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Uma das visitas mais célebres à Cinemateca terá sido, sem dúvida, a de Michelangelo Antonioni, em 1985, quando foi apresentada uma retrospetiva integral das suas longas-metragens. Autor marcante do cinema europeu do pós-guerra, o realizador italiano não receou procurar uma nova linguagem cinematográfica para retratar aquele que era, também, um novo sentimento: a separação de classes e a alienação da burguesia italiana e europeia nas décadas que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial. Anos de paz, portanto, e da convulsão interior a partir da qual o cineasta trouxe um novo tempo para o cinema. “Itinerário sentimental de um par” (nas palavras de Antonioni), L’AVVENTURA é o primeiro filme da sua famosa trilogia, justamente, sobre a alienação. Uma mulher desaparece durante um cruzeiro no Mediterrâneo. O namorado e uma amiga tentam encontrá-la e acabam por tornar-se amantes. L’AVVENTURA é um dos mais belos filmes de Antonioni e uma obra marcante do cinema europeu.
16/11/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Maldone
de Jean Grémillon
com Charles Dullin, Génica Athanasiou, Annabella, Roger Carl
França, 1927 - 90 min
mudo, com intertítulos em francês, legendados eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
Em janeiro de 2001, a Cinemateca prestou homenagem aos Arquivos Nacionais Franceses (a não confundir, em caso algum, com a Cinemateca Francesa) com o Ciclo “Os Tesouros de Bois d’Arcy”, em que foram apresentadas diversas raridades da produção francesa juntamente com filmes de cineastas célebres ou pouco conhecidos. Uma das revelações do Ciclo foi este filme de Jean Grémillon, que dez anos depois voltaríamos a apresentar, no âmbito do Festival Temps d’Images. Cineasta que nunca teve o reconhecimento merecido e viu importantes projetos serem gorados, Jean Grémillon (1902-1959) foi um dos grandes realizadores franceses da sua geração. MALDONE, a sua primeira longa-metragem de ficção, centra-se na história do seu protagonista, Oliver Maldone, um trabalhador itinerante que é chamado a abandonar a vida de proletário e a assumir a sua condição burguesa quando tem de tratar da propriedade da família e da sua paixão pela jovem cigana Zita. Central na obra de Grémillon, o tema de MALDONE é o da dualidade, revelando o filme o talento de cineasta de Grémillon.