21/11/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
The Deer Hunter
O Caçador
de Michael Cimino
com Robert De Niro, Christopher Walken, John Savage, John Cazale, Meryl Streep, George Dzundza
Estados Unidos, 1978 - 183 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/18
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Dos aceiros da Pensilvânia às selvas do Vietname, da bucólica paisagem onde os amigos caçam veados, à febril e mórbida atmosfera de Saigão em plena derrocada e retirada do exército americano, Michael Cimino leva-nos por uma viagem "ao fim do inferno", como muito bem diz o título francês, e que é também uma reflexão sobre a América de hoje. Michael Cimino, que esteve em Lisboa para a retrospetiva que a Cinemateca lhe dedicou em 2005, foi outra presença memorável.
26/11/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Pyaasa
“Sedento”
de Guru Dutt
com Guru Dutt, Mala Sinha, Johnny Walker
Índia, 1957 - 145 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
A par de Ritwik Ghatak, Guru Dutt foi uma das maiores revelações da Cinemateca, pouco depois da sua redescoberta no Ocidente, corria o ano de 1986. Foi essa a data de um primeiro grande Ciclo de “Cinema Indiano”, a que a Cinemateca regressaria em 1998, quando publicou o catálogo Cinemas da Índia. Obra-prima de Guru Dutt, PYAASA foi também o seu maior êxito de público. A história centra-se na vida de um poeta explorado por um editor sem escrúpulos e ajudado por uma prostituta apaixonada por ele e pela sua poesia. A personagem de Vijay é interpretada pelo próprio Guru Dutt. A música é de S.D. Burman, e conta ainda com as participações de Sahir Ludhianvi, Geeta Dutt e Mohammed Rafi. Um dos mais líricos melodramas musicais do cinema clássico indiano. PYAASA está programado para evocar o momento importante da programação que, nos anos oitenta, deu a conhecer em Portugal duas importantes cinematografias do Oriente, a dedicada ao cinema indiano e, em 1987, o Ciclo “Cinema Chinês.
26/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Filmes Pintados à Mão de Stan Brakhage
de Stan Brakhage
Estados Unidos , 60 min
sem som | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
GARDEN PATH
LOVESONGS 1-6
MICRO GARDEN
THE JESUS TRILOGY AND CODA
RESURRECTUS EST
ASCENSION
de Stan Brakhage
Estados Unidos, 2001-2002 – 7, 26, 4, 20, 9, 2 min / sem som
O cinema de Stan Brakhage foi recentemente objecto de uma extensa retrospetiva na Cinemateca ("Stan Brakhage: A Arte da Visão"), que contou com a presença do proeminente historiador do cinema de vanguarda, P. Adams Sitney, responsável por duas conferências, uma delas sobre o livro do cineasta Metaphors on Vision, há pouco reeditado, revelador de como ao longo de toda a sua obra, Stan Brakhage trabalhou o cinema como modo de reproduzir uma visão essencialmente interior ou de impulsionar uma experiência como uma pura perceção visual. Esta é uma sessão inteiramente dedicada aos seus filmes pintados e desenhados à mão sobre a película, técnicas que Brakhage explorou intensivamente nos anos oitenta e noventa, e que celebrizaram o seu cinema, aproximando-o do expressionismo abstrato em pintura. Apresentamos vários dos últimos filmes de Brakhage, pintados em 2001 e 2002, nunca antes exibidos na Cinemateca. A exceção é LOVESONG (1), já mostrado na retrospetiva Brakhage
27/11/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
El Sol del Membrillo
O Sonho da Luz / O Sol do Marmeleiro
de Víctor Erice
com Antonio López, Maria Moreno, Enrique Gran
Espanha, 1992 - 139 min
legendado em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Um dos grandes filmes do cinema dos anos noventa. Víctor Erice acompanha o pintor Antonio López ao longo do processo de conceção de um quadro, partindo daí para uma reflexão não só sobre a pintura e o cinema, mas essencialmente sobre a sua relação com as coisas, com a natureza e os homens. Uma obra-prima absolutamente indispensável que assinala a relação única da Cinemateca com o cineasta, autor fundamental do cinema contemporâneo, cuja obra temos seguido de perto desde 1985, quando foram exibidos vários filmes seus, e que aqui acompanhou uma retrospetiva integral, já em 2013, regressando em 2016 para apresentar precisamente EL SOL DEL MEMBRILLO.
27/11/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Moana (versão “Moana With Sound”)
Moana, O Homem Perfeito
de Robert Flaherty, Frances Flaherty (1926) e Monica Flaherty (1980)
Estados Unidos, 1926-1980 - 98 min
intertítulos em inglês, legendados eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
com a presença de Sami van Ingen
Rodado na sequência de NANOOK OF THE NORTH, o segundo dos dois célebres filmes que Flaherty pôde realizar com inteira autonomia nos anos vinte do século passado, neste caso filmado no arquipélago de Samoa, representava ao mesmo tempo uma inflexão temática (já não a “luta pela sobrevivência” mas a “celebração da vida” em comunhão com a natureza) e a consolidação, para ele definitiva, de um método de filmagem realista que só bastante mais tarde encontraria no cinema os seus verdadeiros pares. Tendo sido distribuído à época em Portugal, MOANA foi exibido na Cinemateca pela primeira vez em 1983, num Ciclo de “Clássicos da Cinemateca Francesa”, mas viria a ser alvo de uma sessão particularmente memorável quando, um ano depois (no Ciclo “Robert Flaherty e a herança de Flaherty”), aqui passou na versão sonorizada empreendida e trazida a Lisboa pela filha do autor, Monica Flaherty. Contra a corrente de sonorizações de clássicos do mudo pelo habitual acompanhamento musical, Monica arriscara o gesto único de sonorizar o filme em respeito absoluto pelos métodos de criação flahertiana, deslocando-se aos locais precisos da rodagem e captando (apenas) sons locais da natureza e da população autóctone, incluindo os dos cantos e danças representados no filme. É então esta versão que vamos voltar a ver e ouvir, trazida, agora, por Sami van Ingen (artista, realizador de “foundfootage”, também ele descendente de Flaherty) que a restaurou juntamente com Bruce Posner, em 2014. A apresentar em cópia digital.