18/06/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinémathèque Suisse
L’Invitation
O Convite
de Claude Goretta
com Jean-Luc Bideau, François Simon, Jean Champion
Suíça, 1973 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Segunda longa-metragem de Claude Goretta (que se estreara, no âmbito do Free Cinema britânico, com NICE TIME, correalizado com Alain Tanner), L’INVITATION foi o primeiro filme do novo cinema suíço produzido com meios relativamente importantes (35 mm, cor), o que o afasta do estilo habitual deste cinema. Partidário de um cinema “da observação”, Claude Goretta conta a história de um funcionário de uma companhia de seguros que recebe uma herança e compra uma grande vivenda no campo. Convida todos os seus colegas para a festa de inauguração e, graças ao álcool, os convidados perdem todas as inibições e assistimos ao que Freddy Buache define como “o charme discreto da pequena-burguesia genebrina”, antes de um desenlace pouco otimista. A apresentar em versão restaurada, numa cópia digital.
18/06/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinémathèque Suisse
Des Boot ist Voll
“A Barca está Cheia”
de Markus Imhooff
com Tina Engel, Hans Diehl, Martin Walz
Suíça, 1981 - 101 min
legendado em português | M/12
DES BOOT IS VOLL assinala a estreia no cinema de Markus Imhooff, depois da realização de dois telefilmes. O filme é ambientado na Segunda Guerra Mundial, período em que a Suíça foi muito pouco acolhedora com os refugiados que procuravam o seu território, pois “a nossa barca está cheia”. No filme, seis personagens, incluindo uma criança, conseguem penetrar na Suíça e fazem-se passar por uma família. À época, Charles Najman, futuro realizador do documentário LA MÉMOIRE EST-ELLE SOLUBLE DANS L’EAU?, sobre uma sobrevivente do Holocausto, observou a propósito do filme de Imhooff: “ A coragem do cineasta consiste em recusar o simples cenário dos acontecimentos. Longe do pitoresco ‘retro’, Markus Imhoof prefere ocupar este espaço da restrição, no qual os gestos rotineiros da ordem quotidiana tornam-se imediatamente significantes”. Primeira exibição na Cinemateca.
19/06/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinémathèque Suisse
Geschichte der Nacht
História da Noite”
de Clemens Klopfenstein
Suíça, 1979 - 61 min
sem diálogos | M/12
Clamens Klopfenstein é um dos nomes importantes entre os documentaristas europeus da sua geração. Nesta sua primeira longa-metragem, depois de várias curtas, Klopfenstein percorreu, à noite, mais de cinquenta cidades europeias – vazias, a horas mortas – que filmou a preto e branco, com rolos de apenas vinte e dois segundos de autonomia. O realizador conta que foi motivado “pela fascinação de estar só nestes espaços gigantescos” e chegou à conclusão de que “o caráter inóspito das nossas cidades é que, à noite, as torna irreais. O espectador ficará diante do filme como as figuras que nele surgem: tresnoitado, exasperado, mas também tranquilizado pelo silêncio vazio da cidade”. A apresentar na versão restaurada, em cópia digital. Primeira exibição na Cinemateca.
19/06/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinémathèque Suisse
Dans la Ville Blanche
A Cidade Branca
de Alain Tanner
com Bruno Ganz, Teresa Madruga, Julia Vonderlinn
Suíça, 1983 - 107 min
legendado em português | M/16
Um dos mais célebres filmes de Alain Tanner, maioritariamente ambientado em Lisboa, com um magistral trabalho de fotografia de Acácio de Almeida. DANS LA VILLE BLANCHE é curiosamente pouco apreciado por alguns espectadores portugueses, que são da opinião que Tanner mostra uma imagem “folclórica” da cidade, o que é exatamente o oposto do que ele faz. Um marinheiro suíço desembarca em Lisboa e deixa-se ficar pela cidade. Em contraponto à errância do homem numa cidade que lhe é estranha, na extremidade da Europa, acompanhamos a correspondência dele com a sua mulher, na Suíça. Tanner testemunhou que ao fazer este filme reencontrou o ambiente dos seus primeiros filmes suíços, feitos fora da lógica de mercado. Mais do que um cenário, Lisboa (“uma cidade estranha e muito estimulante do ponto de vista visual e sensorial”, na sua opinião) é coprotagonista do filme, cidade imediatamente identificável, mas sem cor local, nem folclore.
21/06/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinémathèque Suisse
Dans la Ville Blanche
A Cidade Branca
de Alain Tanner
com Bruno Ganz, Teresa Madruga, Julia Vonderlinn
Suíça, 1983 - 107 min
legendado em português | M/16
Um dos mais célebres filmes de Alain Tanner, maioritariamente ambientado em Lisboa, com um magistral trabalho de fotografia de Acácio de Almeida. DANS LA VILLE BLANCHE é curiosamente pouco apreciado por alguns espectadores portugueses, que são da opinião que Tanner mostra uma imagem “folclórica” da cidade, o que é exatamente o oposto do que ele faz. Um marinheiro suíço desembarca em Lisboa e deixa-se ficar pela cidade. Em contraponto à errância do homem numa cidade que lhe é estranha, na extremidade da Europa, acompanhamos a correspondência dele com a sua mulher, na Suíça. Tanner testemunhou que ao fazer este filme reencontrou o ambiente dos seus primeiros filmes suíços, feitos fora da lógica de mercado. Mais do que um cenário, Lisboa (“uma cidade estranha e muito estimulante do ponto de vista visual e sensorial”, na sua opinião) é coprotagonista do filme, cidade imediatamente identificável, mas sem cor local, nem folclore.