07/05/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
24 Imagens – Cinema e Fotografia (I)
Blow-Up
Blow-Up – A História de Um Fotógrafo
de Michelangelo Antonioni
com David Hemmings, Vanessa Redgrave, Veruschka, Jane Birkin
Itália, Reino Unido, 1966 - 111 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Figuras do fotógrafo
O célebre filme de Michelangelo Antonioni, que captou a espírito da “swinging London” dos anos sessenta, a partir de um conto de Júlio Cortázar, é um espantoso exercício de reflexão sobre o ato de ver e sobre as possibilidades da representação fotográfica. As peripécias de um fotógrafo que, de ampliação em ampliação, descobre um crime, são o móbil da ação, em que o protagonista procura uma prova confrontando-se com uma imagem. BLOW-UP é o filme que fixa o face a face de um homem com uma fotografia.
07/05/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
24 Imagens – Cinema e Fotografia (I)
La Jetée | Der Tag Eines Unständigen Hafenarbeiters | Ulysse
duração total da projeção: 63 min | M/12
O fluxo, o instante
LA JETÉE
de Chris Marker
com Jacques Ledoux, Hélène Chatelain, Davos Hanich
França, 1962 – 28 min / legendado eletronicamente em português
DER TAG EINES UNSTÄNDIGEN HAFENARBEITERS
“O Dia de um Estivador Precário”
de Hubert Fichte, Leonore Mau
Alemanha, 1966 – 13 min / legendado eletronicamente em português
ULYSSE
de Agnès Varda
França, 1982 – 22 min / legendado eletronicamente em português
Assente na ideia dos fotofilmes, compostos por imagens fixas, e portanto questionando o princípio cinematográfico das imagens em movimento, a sessão reúne a obra-prima de Chris Marker, central em qualquer Ciclo que relacione o cinema e a fotografia, um surpreendente trabalho da dupla Hubert Fichte e Leonore Mau e um filme de Agnès Varda. LA JETÉE, que Marker designa um fotorromance, é uma extraordinária reflexão sobre a temporalidade e a duração. Em ULYSSE, Varda regressa a uma fotografia tirada em 1954 para um trabalho autobiográfico que é uma meditação sobre o carácter impreciso da memória. O escritor Hubert Fichte e a fotógrafa Leonore Mau viveram, viajaram e trabalharam juntos em cinema na realização de fotofilmes em que é decisiva a experiência da viagem. “O DIA DE UM ESTIVADOR PRECÁRIO” é um deles, retratando um estivador que Fichte conheceu e por quem se interessou.
07/05/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
24 Imagens – Cinema e Fotografia (I)
24 Frames
de Abbas Kiarostami
Irão, França , 2017 - 114 min
sem diálogos | M/12
Álbuns Fotográficos
É o filme póstumo de Abbas Kiarostami (1940-2017), estreado no Festival de Cinema de Cannes de 2017, em 24 segmentos que fluem a partir de imagens fixas e terminam ao som de Love Never Dies, de Andrew Lloyd Webber. Kiarostami, que também fez da fotografia uma forma de expressão e acreditava no poder narrativo intrínseco a uma imagem fixa, alia-a aqui ao cinema. “Sempre me questionei até que ponto deseja um artista representar a realidade de uma cena. Os pintores capturam apenas um fotograma de realidade e nada antes nem depois dele. Para 24 FRAMES decidi usar fotografias por mim tiradas ao longo dos anos. Incluí 4’30” do que imaginei que pudesse ter tido lugar antes ou depois de cada imagem que capturei” (Abbas Kiarostami). Primeira exibição na Cinemateca.
08/05/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
24 Imagens – Cinema e Fotografia (I)
Ein Lichtspiel Schwarz Weiss Grau | Chelovek S Kinoapparatom
duração total da projeção: 72 min | M/12
O fluxo, o instante
com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
EIN LICHTSPIEL SCHWARZ WEISS GRAU
“Jogo de Luz Preto Branco Cinzento”
de László Moholy-Nagy
Alemanha, URSS, 1930 – 6 min / mudo, sem intertítulos
Chelovek s kinoapparatom
“O Homem da Câmara de Filmar”
de Dziga Vertov
URSS, 1929 – 66 min / mudo, sem intertítulos
“JOGO DE LUZ PRETO BRANCO CINZENTO” é dos mais conhecidos trabalhos em filme do fotógrafo László Moholy-Nagy, em que a abstração das imagens no jogo de luz proposto tem o referente concreto do Modulador Espaço-Luz, também conhecido como acessório luminoso para um cenário elétrico. Moholy-Nagy ensaia sintetizar a visualização do ato de ver a partir de uma multiplicidade de perspetivas. “O HOMEM DA CÂMARA DE FILMAR” é o manifesto radical e futurista da vanguarda soviética dos anos vinte por Dziga Vertov: cinema de montagem, que recusa a trama narrativa, o ator e os intertítulos; cinema da "câmara-olho" (“kino-glaz”), mais perfeita que o olho humano. Um "filme ‘ao contrário', com uma expressão fabulosamente ritmada", na opinião de Jean Rouch, para quem Dziga Vertov "era antes de mais nada um poeta, o documentarista das festas revolucionárias". O turbilhão das imagens em movimento do filme tem momentos em que a imagem se fixa em fotogramas tratados manualmente na montagem. O filme de Moholy-Nagy foi mostrado uma única vez na Cinemateca, em 1990, num Ciclo dedicado à vanguarda alemã dos anos vinte
08/05/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
24 Imagens – Cinema e Fotografia (I)
24 Frames per Second | The Camera: Je, or la Caméra: I
duração total da projeção: 92 min | M/12
Géneros do fotográfico
24 FRAMES PER SECOND
de Shirley Clarke
Estados Unidos, 1977 – 3 min / sem diálogos
THE CAMERA: JE, OR LA CAMÉRA: I
de Babette Mangolte
Estados Unidos, 1977 – 89 min / legendado eletronicamente em português
Shirley Clarke e Babette Mangolte em dois filmes de 1977. Os 24 fotogramas por segundo de Shirley Clarke foram criados para uma exposição de arte persa realizada em 1977 no LA County Museum of Art e são um “festival de híper montagem”. Em THE CAMERA: JE, OR LA CAMÉRA: I, realizado na década em que se afirmou como uma figura da vanguarda artística nova-iorquina, Babette Mangolte detém-se sobre o ato de ver, na perspetiva dos fotógrafos no momento da captura das suas imagens. Estruturado em três partes e recorrendo à câmara subjetiva, o filme passa pelo estúdio de fotografia, a fotografia de rua e a apreciação das imagens aí produzidas. Primeiras exibições na Cinemateca. 24 FRAMES PER SECOND é apresentado em cópia digital.