21/12/2019, 15h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior
Sherlock Junior
Sherlock Holmes Jr.
de Buster Keaton
com Buster Keaton, Kathryn McGuire, Ward Crane
Estados Unidos, 1924 - 50 min
intertítulos em francês, legendados em português | M/6
com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
SHERLOCK JR. é um dos momentos maiores da obra do cómico impassível, Buster Keaton, na figura de um candidato a detetive inspirado nas aventuras do popular herói criado por Conan Doyle. Mas este genial burlesco é também uma reflexão sobre a magia do cinema, com a personagem de Keaton sofrendo, num ecrã, todos os "acidentes" provocados pelas mudanças de planos.
 
21/12/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Double Bill
Merrily We Go to Hell | Les Amoureux Sont Seuls aux Monde
duração total da projeção: 178 min | M/12
entre os dois filmes há um intervalo de 20 minutos
MERRILY WE GO TO HELL
Quando a Mulher se Opõe
de Dorothy Arzner
com Sylvia Sidney, Fredric March, Adrianne Allen, Richard “Skeets” Gallagher, Cary Grant
Estados Unidos, 1932 – 78 min / legendado eletronicamente em português
LES AMOUREUX SONT SEULS AUX MONDE
de Henri Decoin
com Louis Jouvet, Dany Robin, Renée Devillers, Geneviève Morel, Hélène Dartigue, Brigitte Aube
França, 1948 – 100 min / legendado eletronicamente em português

Um filme da década de 1930 pré-código Hays realizado no feminino por Dorothy Arzner (1897-1979), cujo título vem de uma fala de Fredric March e deu brado pela incorreção política, extensível às linhas do argumento em que há casamento, adultério, alcoolismo, abuso, gravidez: em MERRILY WE GO TO HELL Sylvia Sidney é uma jovem rica que se casa com um jornalista e dramaturgo alcoólico, a quem a dada altura propõe que mantenham “um casamento moderno” em que a infidelidade dele tenha o reverso da dela. Então quase desconhecido, Cary Grant surge no papel da conquista mais sedutora de Sidney. Foi a última realização na Paramount de Arzner, prolífera – e única – realizadora de Hollywood entre os anos 1920 e 40: 20 filmes entre 1927 e 1943 e um “desempenho” resumido por Katharine Hepburn num telegrama que lhe dirigiu em 1975 – "Isn't it wonderful that you've had such a great career, when you had no right to have a career at all?" Recentemente, nas suas “viagens pelo cinema francês”, Bertrand Tavernier fez reverberar uma frase de LES AMOUREUX SONT SEULS AUX MONDE do prolífero Henri Decoin (1890-1969): “Imagine que está no cinema.” A fala é de Louis Jouvet, que protagoniza o filme mal-amado na sua época e agora disponível para a reavaliação proposta por Tavernier. Da comédia sofisticada à tragédia, o filme conta uma história de amor e enganos em que os mal-entendidos ocupam um lugar favorecido pela imprensa cor de rosa. Jouvet interpreta o papel de um compositor célebre, casado com Sylvia (Renée Devillers), que conhece uma jovem talentosa pianista (Dany Robin). Primeiras exibições na Cinemateca em cópias digitais.
 
21/12/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Dia Mais Curto

em colaboração com a Agência da Curta Metragem
Amor Quântico | Circo do Amor | Ruby
duração total da projeção: 56 min | M/16
com a presença dos realizadores
AMOR QUÂNTICO
de Paulo Furtado
com Lucie Lucas, João Melo
Portugal, 2019 – 11 min
CIRCO DO AMOR
de Miguel Clara Vasconcelos
com Romi Soares, Alexander David, Isabel Costa, Arthur Jacquin, Laurent Roth
Portugal, 2018 – 20 min
RUBY
de Mariana Gaivão
com Ruby Taylor, Millie Romer
Portugal, 2019 – 25 min

Celebrando o “dia mais curto” do ano, o programa reúne três títulos de ficção de curta-metragem de produção estreados no festival Curtas de Vila do Conde e nunca antes apresentados na Cinemateca. A abrir a sessão, AMOR QUÂNTICO, assinado pelo músico e realizador Paulo Furtado, é um filme com três narrativas paralelas, envolvendo a mesma mulher, sem que exista uma ordem cronológica clara. Em CIRCO DO AMOR, de Miguel Clara Vasconcelos, seguimos Alberto, que vive com a sua mãe numa urbanização onde também trabalha. Um dia, uma pequena companhia de circo instala-se perto da sua residência, perturbando o quotidiano de Alberto e despertando nele o desejo há muito adormecido de independência e liberdade. Por último, em RUBY, prémio de Melhor Realização para Mariana Gaivão no Curtas deste ano, “o canto da madrugada desce a montanha queimada, ecoando no xisto de uma aldeia portuguesa. Ruby desperta e ergue-se na meia luz. No exterior, o seu cão Frankie fugiu. Filha de dois mundos, aquele que os pais ingleses deixaram para trás e a terra portuguesa que a viu crescer mas que ainda lhe chama estrangeira, Ruby move-se entre as fronteiras de ambos, sem pertencer a nenhum. A sua melhor amiga, Millie, irá regressar a Inglaterra, e o fim da infância de ambas encontra-se com o fim de um dia quente de verão” (das notas de produção do filme).