24/11/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Weg Ohne Umkehr
“Viagem sem Volta”
de Victor Vicas
com Ivan Desny, Ruth Niehaus, René Deltgen
República Federal da Alemanha, 1953 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um dos primeiros filmes feitos sobre a divisão da Alemanha. A narrativa começa em 1945, quando um oficial do exército soviético encontra uma jovem refugiada num sótão e a escolta até à casa dela. Sete anos depois, instalado em Berlim Leste como engenheiro, o homem procura-a e reencontra-a. Mas diversos obstáculos nascidos da Guerra Fria dificultam seriamente a vida dos dois. No principal papel masculino, Ivan Desny, um dos nomes do cinema alemão dos anos cinquenta, que seria recuperado muito mais tarde por Fassbinder (O CASAMENTO DE MARIA BRAUN; LOLA; BERLIN ALEXANDERPLATZ). Um filme raro sobre uma cidade dividida que mostramos em novembro face à impossibilidade de ter sido exibido em outubro.
27/11/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
The Picture House | Holy Motors
duração total da projeção: 124 min | M/12
THE PICTURE HOUSE
de Emily Richardson
Reino Unido, 2010 – 4 min
HOLY MOTORS
de Leos Carax
com Denis Lavant, Édith Scob
França, Alemanha, 2012 – 120 min / legendado eletronicamente em português
THE PICTURE HOUSE faz parte do projeto "The Cinema Series" que compreende uma série de filmes curtos realizados por Emily Richardson, em que cada um deles representa a experiência de uma longa-metragem projetada numa sala de cinema deserta, condensada num único plano. HOLY MOTORS é um filme sobre a cidade de Paris, mas também uma obra que aponta para os destinos do cinema e dos seus espectadores e para o modo como os novos suportes condicionam os modos de frequentação e de produção de imagens. Denis Lavant é Mr. Oscar, um homem que, como um ator, interpreta vários papéis ao longo do filme. Acolhido como uma metáfora do estado presente do cinema, HOLY MOTORS é um dos mais importantes títulos de Leos Carax. Primeiras exibições na Cinemateca.
28/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade III
Stramilano | Chelovek s Kinoapparatom
duração total da projeção: 94 min | M/12
Na impossibilidade de podermos exibir SÃO PAULO, A SYMPHONIA DA METRÓPOLE devido ao facto de, ao contrário do previsto, a Cinemateca Brasileira, não ter podido disponibilizar cópia do filme, na sessão de dia 28 (21:30) SÃO PAULO será substituído por CHELOVEK S KINOAPPARATOM / “O HOMEM DA CÂMARA DE FILMAR”, de Dziga Vertov, e, na sessão de dia 30 (22:00), por THE CITY, de Ralph Steiner e Willard Van Dyke. Como previsto, ambas serão introduzidas pela curta-metragem STRAMILANO
Com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
STRAMILANO
de Corrado D'Errico
Itália, 1929 – 14 min
CHELOVEK S KINOAPPARATOM
"O Homem da Câmara de Filmar"
de Dziga Vertov
URSS, 1929 – 80 min / mudo
O HOMEM DA CÂMARA DE FILMAR é um autêntico manifesto de Dziga Vertov, o realizador mais radical e futurista da vanguarda soviética dos anos 20. Cinema de montagem, que recusa a trama narrativa, o actor e os intertítulos, cinema da “câmara-olho” (kino-glaz), mais perfeita do que o olho humano. De ressaltar as contribuições de Mikhail Kaufman na fotografia e de Elizaveta Svilova, mulher de Vertov, na montagem. Um “filme ‘ao contrário’, com uma expressão fabulosamente ritmada”, na opinião de Jean Rouch, para quem Dziga Vertov “era antes de mais nada um poeta, o documentarista das festas revolucionárias”, que acabou por ser “rejeitado pela sua sociedade.” STRAMILANO, com a sua inspiração vagamente futurista, é um curto filme sinfónico que se centra no quotidiano de Milão. STRAMILANO é uma primeira exibição na Cinemateca.
28/11/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
London Labyrinth | Berlin 10/90
duração total da projeção: 103 min | M/12
Na impossibilidade de podermos exibir LONDON LABYRINTH devido a motivos alheios à Cinemateca, as sessões de dia 20 de Novembro (19h) e de dia 28 (22h) serão apenas compostas pelo filme BERLIN 10/90, de Robert Kramer. Pelo facto, as nossas desculpas.
LONDON LABYRINTH
de Chris Petit
Reino Unido, 1993 – 39 min / legendado eletronicamente em português
BERLIN 10/90
de Robert Kramer
com Robert Kramer
Alemanha, 1990 – 64 min / legendado eletronicamente em português
A reflexão sobre as vivências urbanas tem atravessado os escritos e os filmes de Chris Petit desde há muitos anos, revelando-se como um dos mais importantes cineastas conotados com a cidade de Londres, a par de realizadores como Patrick Keiller. LONDON LABYRINTH é um filme da década de noventa em que traduz uma visão pessoal da cidade através de uma montagem de imagens de arquivo que evoca a memória de Londres. Encerrado num hotel em Berlim, em BERLIN 10/90 Robert Kramer reflete sobre a história da cidade face a um televisor que mostra excertos de filmes, alguns dos quais por si realizados. Uma obra sobre a memória de Berlim, da Alemanha e da própria família do cineasta que foi filmada num único plano-sequência por altura da queda do Muro. LONDON LABYRINTH é uma primeira exibição na Cinemateca.
29/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Nice Time | Square Times | Lovers and Lollipops
duração total da projeção: 106 min | M/12
NICE TIME
de Claude Goretta, Alain Tanner
Reino Unido, 1957 – 17 min / legendado eletronicamente em português
SQUARE TIMES
de Rudy Burckhardt
Estados Unidos, 1967 – 7 min / legendado eletronicamente em português
LOVERS AND LOLLIPOPS
de Morris Engel, Ruth Orkin
Estados Unidos, 1955 – 82 min / legendado eletronicamente em português
NICE TIME mostra-nos uma noite em Piccadilly Circus, em Londres, um clássico do documentário produzido na Grã-Bretanha no momento da emergência do Free Cinema, em que as ruas passaram a protagonistas. No outro lado do Atlântico, um conjunto de realizadores documentavam as suas cidades com a mesma liberdade, entre eles Rudy Burckhardt, Morris Engel e Ruth Orkin, que tinham em comum a ligação à fotografia e às ruas de Nova Iorque, cidade que registaram ao longo de várias décadas. SQUARE TIMES, de Burckhardt, retrata a agitação de um sábado à noite na 42nd Street: o “glamour”, os cinemas, a violência no ar. LOVERS AND LOLLIPOPS, como o mais conhecido LITTLE FUGITIVE da autoria do casal Engel-Orkin, regista os pequenos dramas de uma família no seio da paisagem nova-iorquina que conquista, mais uma vez, o estatuto de personagem. Com exceção de NICE TIME, tratam-se de primeiras exibições na Cinemateca.