09/10/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
1917 no Ecrã II
Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Noi Vivi
Nós, os Vivos
de Goffredo Alessandrini
com Alida Valli, Rossano Brazzi, Fosco Giachetti
Itália, 1942 - 94 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Realizador de LUCIANO SERRA, PILOTA (1938), no qual Roberto Rossellini trabalhou como argumentista, Goffredo Alessandrini também continua a ser lembrado pelo díptico formado por NOI VIVI e ADDIO KIRA, dois filmes realizados na Itália de Mussolini e ambientados na União Soviética dos primeiros tempos do comunismo, tendo nos papéis principais duas célebres vedetas: Alida Valli e Rossano Brazzi. Para mais o filme parte de um romance de Ayn Rand, a autora de Fountainhead – que foi adaptado ao cinema por King Vidor, com Gary Cooper no papel principal –, autora que, ainda hoje, é uma referência essencial do movimento conservador americano. Em NOI VIVI, misto de melodrama e filme de propaganda, cuja ação tem lugar em Leninegrado em 1918, a jovem Kira está apaixonada por um aristocrata, mas aceita ter uma ligação com um membro do Partido Comunista, para proteger o homem que ama. NOI VIVI teve distribuição comercial em Portugal, em 1948, numa versão que sintetizava as duas partes da história. Primeira exibição na Cinemateca.
09/10/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
1917 no Ecrã II
Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Addio Kira
“Adeus, Kira”
de Goffredo Alessandrini
com Alida Valli, Rossano Brazzi, Fosco Giachetti
Itália, 1942 - 96 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Segunda parte da história que começa em NOI VIVI, na qual o aristocrata por quem Kira está apaixonada faz uma frustrada tentativa de fuga. O filme foi apresentado como uma obra única no Festival de Veneza, em 1942, e dividido em duas partes pelo próprio realizador, para a distribuição comercial. Apresentado posteriormente sempre em duas partes, nas raras vezes em que foi projetado até os anos oitenta, foi de novo mostrado como uma peça única, com 170 minutos de duração, para a sua estreia americana, em 1989, com o título WE THE LIVING. Primeira exibição na Cinemateca.
13/10/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã II
Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Pervorossiyanye
Pioneiros Russos
de Aleksandr Ivanov, Yevgeni Shiffers
com Vladimir Chestnokov, Vladimir Zamanskiy, Larisa Danilina, Gennadiy Nilov, Inna Kondrateva
URSS, 1967 - 73 min
legendados eletronicamente em português | M/12
Devido a atrasos nos serviços de transportes, THE VOLGA BOATMAN (1926), de Cecil B DeMille não poderá ser apresentado, sendo substituído por PERVOROSSIYANYE (1967), de Aleksandr Ivanov e Yevgueni Shiffers. THE VOLGA BOATMAN será apresentado em novembro com música ao vivo.
16/10/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã II
Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Veter
“O Vento”
de Aleksandr Alov, Vladimir Naumov
com Eduard Bredun, Tamara Loginova, Elza Lezhdey
URSS, 1959 - 99 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Aleksandr Alov e Vladimir Naumov formaram uma inseparável dupla de realizadores. Coassinaram dez longas-metragens e uma minissérie, entre 1951 e a súbita morte de Alov, em 1983, depois da qual Naumov continuou a trabalhar sozinho. Em alguns dos seus filmes realizados no início do “degelo” da segunda metade dos anos cinquenta, Alov e Naumov abordam temas clássicos do cinema soviético, dando-lhes porém um enfoque diferente daquele que até então predominava, numa espécie de mudança na continuidade. VETER foi realizado no âmbito dos festejos do quadragésimo aniversário da criação dos Komsomols, a Liga dos Jovens Comunistas. O filme conta o périplo, em 1918, de três jovens delegados da Liga que devem fazer a perigosa viagem até Moscovo, em plena guerra civil, para participarem no congresso da Liga. É considerado como um dos filmes que marcam o fim do aspecto romântico e trágico das personagens dos filmes soviéticos sobre o tema. Primeira exibição na Cinemateca.
16/10/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã II
Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Sol Svanetii
"O Sal de Svanécia"
de Mikhail Kalatozov
URSS, 1930 - 60 min
mudo, intertítulos russos legendados em português | M/12
Por indisponibilidade de cópia, não nos é possível exibir o filme MY IZ KRONSHTADTA. Em sua substituição, e no âmbito do mesmo ciclo, será exibido o filme SOL SVANETII (“O Sal da Svanécia”), 1930 de Mikhail Kalotozov. Pelo facto apresentamos as nossas desculpas.
Mikhail Kalatozov nasceu alguns anos depois da grande geração do cinema mudo soviético e realizou o seu filme mais célebre em 1957: QUANDO PASSAM AS CEGONHAS, que obteve a Palma de Ouro em Cannes e foi um êxito internacional. O delirante “SOU CUBA”, de 1964, adquiriu um tardio estatuto de filme de culto. SOL SVANETII, o primeiro filme importante de Kalatozov, é um belo documentário de propaganda sobre o trabalho na União Soviética depois da Revolução, insistindo na modernização trazida pela revolução. O filme é mudo e ainda ecoa o otimismo que marcou as artes na URSS nos anos vinte.