CICLO
Panorama


A Cinemateca volta a associar-se ao Panorama Mostra do Documentário Português, este ano na sua nona edição, a decorrer entre 15 e 19 de abril. Na Cinemateca têm lugar três sessões no contexto do programa do Panorama 2015, este ano apostado num diálogo sem distinções traçadas entre mostra contemporânea e retrospetiva histórica. Os programadores do Panorama acompanharão as sessões. As notas que se seguem baseiam-se em textos disponibilizados pelo Panorama. À exceção de A CAÇA REVOLUÇÕES e VEREDAS, os filmes do programa são primeiras exibições na Cinemateca.

 
16/04/2015, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Panorama

PANORAMA | CURTAS-METRAGENS PORTUGUESAS
duração total da projeção: 133 min | M/12
 
16/04/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Panorama

CRÓNICAS DE SANTA CRUZ | A PASSAGEM
duração total da projeção: 86 min | M/12
16/04/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Panorama

VEREDAS
de de João César Monteiro
Portugal, 1977 - 120 min | M/12
16/04/2015, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Panorama

Em colaboração com o Panorama, Mostra do Documentário Português
PANORAMA | CURTAS-METRAGENS PORTUGUESAS
duração total da projeção: 133 min | M/12
a sessão tem um intervalo entre PABIA DI AOS e MURMURE DE MURS

LE BOUDIN
de Salomé Lamas
Portugal, 2014 – 17 min
PADIA DI AOS
de Catarina Laranjeiro
Portugal, 2013 – 56 min
MURMURE DE MURS
de JAS
Portugal, 2014 – 12 min
A CAÇA REVOLUÇÕES
de Margarida Rêgo
Portugal, 2011 – 11 min
AS FIGURAS GRAVADAS NA FACA COM A SEIVA DAS BANANEIRAS
de Joana Pimenta
Portugal, Estados Unidos, 2014 – 17 min
TUDO VAI SEM SE DIZER
de Rui Esperança
Portugal, 2014 – 20 min

A primeira parte da sessão reúne dois trabalhos de Salomé Lamas e Catarina Laranjeiro: LE BOUDIN documenta o encontro do jovem Elias Geibler com o testemunho de Nuno Fialho, que aos 16 anos de idade foi forçado a juntar-se à Legião Estrangeira francesa, como refere a sinopse que também cita: “Não me alistei. Alistaram-me.” PADIA DI AOS reflete sobre as memórias de guerra, quarenta anos depois, a partir da Guiné Bissau. Aqueles que aderiram ao movimento de libertação e aqueles que lutaram no exército colonial põem em cena uma multiplicidade de discursos irreconciliáveis. Na segunda parte da sessão, quatro curtas-metragens de JAS, Margarida Rêgo, Joana Pimenta e Rui Esperança: MURMURE DE MURS documenta uma ficção a partir do trabalho da artista plástica Manuela Pimentel e do texto escrito por Saguenail. A CAÇA REVOLUÇÕES interroga a revolução de abril de 1974, que não foi vivida pela realizadora, a partir de uma fotografia da época. AS FIGURAS GRAVADAS NA FACA COM A SEIVA DAS BANANEIRAS circula entre uma ficção ancorada numa memória colonial e a ficção científica. TUDO VAI SEM SE DIZER é um retrato da avó do realizador, dona de uma loja de artesanato em Viana do Castelo, o presente do seu quotidiano e a evocação do passado através de uma carta escrita no Ultramar em 1958.
 

16/04/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Panorama

Em colaboração com o Panorama, Mostra do Documentário Português
CRÓNICAS DE SANTA CRUZ | A PASSAGEM
duração total da projeção: 86 min | M/12

CRÓNICAS DE SANTA CRUZ
de Tiago Cravidão
Portugal, 2014 – 61 min
A PASSAGEM
de Sohgel Rahman
Portugal, 2014 – 25 min

CRÓNICAS DE SANTA CRUZ é um retrato da cidade de Coimbra ancorado na memória do realizador, investigando a humanidade que se foi infiltrando no património ao longo dos séculos e propondo um percurso que se faça pelo eixo identitário do trabalho das mulheres. “Uma memória que o cinema entrega ao futuro, ao mesmo tempo que me oferece uma cidade onde regressar” (Tiago Cravidão). A PASSAGEM apresenta-se como um olhar breve à vida de Idalina e Brazida, duas velhas pastoras portuguesas do Algarve, que vivem no meio do nada com uma filosofia estoica.
 

16/04/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Panorama

Em colaboração com o Panorama, Mostra do Documentário Português
VEREDAS
de de João César Monteiro
com com Margarida Gil, António Mendes, Carmen Duarte, Francisco Domingues, Manuela de Freitas, Luís Sousa Costa
Portugal, 1977 - 120 min | M/12

Em VEREDAS João César Monteiro inspirou-se numa série de lendas e mitos populares portugueses para “fabricar” (como ele afirma no genérico) um filme que é uma reflexão sobre as nossas raízes culturais. É um magnífico trabalho, que dialoga com outros momentos da obra do realizador e com outros títulos fundamentais da cinematografia portuguesa da década de setenta, como TRÁS-OS-MONTES de António Reis e Margarida Cordeiro. Depois dele realizaria curtas-metragens relacionadas com três contos tradicionais: A MÃE, DOIS SOLDADOS e AMOR DAS TRÊS ROMÃS, mas também SILVESTRE.