30/09/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Rohmer gosta de variantes subtis no interior de um padrão vagamente predeterminado e é precisamente por isso que fez filmes em série. Temos aqui, como no CONTO DE VERÃO, um homem às voltas com três mulheres, mas trata-se de um adulto e não de um adolescente e a situação não é passageira, de férias. Tudo se situa com a perfeição e o rigor que são a marca do cinema de Rohmer, profundamente enraizadas nas tradições do teatro clássico francês. O filme é “como uma partitura musical, cujos movimentos se sucedem com a mesma precisão geométrica com a que os personagens são dispostos no argumento” (Giancarlo Zappoli). Talvez o mais belo dos “Contos das Quatro Estações”.