03/11/2020, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
“I VITELLONI é uma viagem ao tempo amargo e absurdo da juventude”, declarou Ennio Flaiano, um dos três argumentistas do filme, com Tullio Pinelli e o próprio Fellini. O filme é uma projeção autobiográfica das memórias da juventude de Fellini, em Rimini. Numa indefinida cidade de província, um grupo de rapazes eternamente ociosos e imaturos (“os inúteis” no título comercial português, literalmente “os bezerrões” no original, o que fez com que palavra
vitellone passasse a ser utilizada para designar este tipo de pessoas) preenche o vazio dos dias de farra em farra, de namorisco em namorisco; no fim, um deles percebe que tem que sair dali e apanha um comboio para Roma – e essa personagem é o
alter ego do realizador. Um dos melhores Fellinis de sempre, porventura o mais agridoce, além de ser o primeiro em que o realizador pende mais para a criação de um ambiente do que para uma narrativa una, o que caracterizará os seus filmes de maturidade. Este foi também o filme que fez de Alberto Sordi uma vedeta e consagrou Fellini, pois obteve o Leão de Prata no Festival de Veneza e foi o seu primeiro filme a ter distribuição internacional. A apresentar em cópia digital.
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