22/11/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Himala
“Milagre”
de Ishmael Bernal
com Nora Aunor, Veronica Palileo, Spanky Manikan
Filipinas, 1982 - 124 min
legendado eletronicamente em português | M/16
A Segunda Idade de Ouro
Ishmael Bernal (1938-96) é um dos mais célebres cineastas filipinos da sua geração, a mesma de Lino Brocka e Mike de León. Na sua história do cinema filipino, Bryan L. Yeatter considera-o “mais comercial do que Brocka, porém não menos capaz de realizar filmes brilhantes”. Bernal realizou cerca de quarenta filmes, nos géneros mais variados. Os seus filmes mais conhecidos fora das Filipinas são CITY AFTER DARK, um retrato da noite de Manila e HIMALA, apresentado no Festival de Berlim. Trata-se da história de uma jovem que tem uma visão da Virgem Maria durante um eclipse e começa a fazer curas milagrosas, o que faz nascer todo um comércio baseado na impostura. O resultado é um filme vigoroso e algo melodramático, que denuncia a comercialização da fé religiosa. A apresentar em cópia digital, em primeira exibição na Cinemateca.
22/11/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Serbis
“Serviço”
de Brillante Mendoza
com Gina Pereño, Jaclyn Jose, Julio Diaz
Filipinas, 2008 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/16
A Ascensão dos Filmes Independentes
Entre os realizadores filipinos a terem surgido nos últimos quinze anos, Brillante Mendoza é um dos mais reputados nos circuitos de autor, com obras como SERBIS, KINATAY, MA' ROSA (que teve distribuição comercial em Portugal) e LOLA, estreado no Festival de Veneza. O realizador diz que “não invento nada, a vida é assim nas Filipinas, um país repleto de contradições, onde reina a ironia e onde aquilo que é atroz coteja o magnífico”. Em SERBIS, acompanhamos a vida de uma família filipina, proprietária de um vasto cinema em declínio, que passou a programar filmes pornográficos e a servir de abrigo a diversos “marginais” da cidade. Carlos Losilla é de opinião que “quem quiser iniciar-se no mundo de Brillante Mendoza deve começar por SERBIS, que oferece um condensado das características do seu estilo. Temos, por um lado, uma maneira oblíqua de fazer avançar a narração, contemplando as coisas, sem deter-se nelas. Por outro lado, há um olhar sobre o país, a construção de grandes metáforas através de gestos quotidianos”.
25/11/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Oro Plata Mata
de Peque Gallaga
com Mani Ojeda, Liza Lorena, Sandy Andolong
Filipinas, 1982 - 194 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Segunda Idade de Ouro
Nascido em 1943, Peque Gallaga estreou-se na realização em 1973 e causou sensação em 1985, com SCORPIO NIGHTS, a história de um voyeur, filmada com elementos de soft core. ORO PLATA MATA, a sua segunda longa-metragem, é considerada uma das obras-primas do cinema filipino. Filmado num estilizado preto e branco, o filme é situado durante a Segunda Guerra Mundial, quando as Filipinas foram ocupadas pelo Japão e conta a história de duas famílias ricas, que têm as suas terras confiscadas e têm de se refugiar numa floresta. “Pela sua escala épica, a sua visão social e histórica e também pela sua pura energia cinematográfica, ORO PLATA MATA é a produção mais ambiciosa do cinema filipino contemporâneo. A estreia de Peque Gallaga como realizador é uma autêntica proeza”, comentou à época Stephen Locke. A apresentar em cópia digital, em primeira exibição na Cinemateca.
25/11/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Above the Clouds
de Pepe Diokno
com Ruru Madrid, Pepe Smith
Filipinas, França, 2014 - 90 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Ascensão dos Filmes Independentes
Nascido em 1987, Pepe Diokno é um dos nomes mais conhecidos e reconhecidos do novíssimo cinema filipino. A sua longa-metragem de estreia, ENGKWENTRO (2009) obteve o prémio Orizzonti no Festival de Veneza. ABOVE THE CLOUDS, coproduzido com a França, conta a história de uma viagem feita a pé por um adolescente e o avô, que ele pouco conhece, que é um trabalho de luto para os dois homens. Como especifica o realizador: “O filme é uma viagem entre a dor e a esperança, entre a consciência de que não voltaremos a ver os entes queridos que se foram e a certeza de que eles permanecem vivos nos nossos corações”. Primeira exibição na Cinemateca.
26/11/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Mariquina
de Milo Sogueco
com Mylan Dizon, Bing Pimentel
Filipinas, 2014 - 116 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Ascensão dos Filmes Independentes
MARIQUINA é o terceiro filme a segunda longa-metragem de ficção do seu realizador. As filhas de um sapateiro (chamadas Imelda e Marylin) recebem a notícia do suicídio do seu pai, com quem mantinham relações afastadas. Imelda trabalha numa fábrica de sapatos e contrariamente à sua famosa homónima e ex-primeira dama das Filipinas, Imelda Marcos, não tem nenhuma obsessão especial com estes objetos. Mas o seu pai tem de ser enterrado com sapatos que não desonrem a família, o que dá uma outra dimensão a esta história de luto e perda, filmada com contenção e sobriedade. Primeira exibição na Cinemateca.