21/12/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Yves Montand levou de frente, simultaneamente, duas carreiras, a de ator e a de cantor (são muito poucos os filmes em que canta). Em LA SOLITUDE DU CHANTEUR DE FOND vemo-lo apenas como cantor, na preparação de um
tour de chant em Paris, como um “protesto solitário” contra o golpe de Estado ocorrido no Chile alguns meses antes. A solidão evocada no título (que também joga com o de THE LONELINESS OF THE LONG-DISTANCE RUNNER, clássico do
Free Cinema britânico) é a de um homem que está, por assim dizer, sozinho com ele mesmo, enquanto prepara um espetáculo (a única outra pessoa a interagir com ele é o seu pianista). Chris Marker mistura a estas sequências trechos de outros concertos de Montand e o resultado é um retrato multifacetado do Montand cantor. O filme só foi apresentado uma vez na Cinemateca, em abril de 1996.
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