Ver

Pesquisa

Notícias

Assunto: Programação
Data: 03/01/2025
Sete filmes mais um para ir ao encontro de Jean-Claude Biette
Sete filmes mais um para ir ao encontro de Jean-Claude Biette
Vindo da redação dos Cahiers du Cinéma, onde se estreou na escrita em meados da década de 1960 ao lado de nomes como Serge Daney ou Louis Skorecki, Jean-Claude Biette (1942-2003) foi um dos vários críticos que saíram das páginas da célebre revista francesa para a cadeira de realizador. Em janeiro a Cinemateca exibe a totalidade da sua obra no formato de longa-metragem (sete filmes), acompanhada de um retrato do cineasta assinado por Pierre Léon, um dos seus mais regulares colaboradores.

Autor do primeiro filme da Diagonale não realizado por Paul Vecchiali, o responsável por essa que foi uma das mais secretas aventuras do cinema francês, Biette mostrou logo no primeiro filme (LE THÉÂTRE DES MATIÈRES) os eixos da sua futura obra: a relação com o teatro, do palco e dos bastidores, e as suas continuidades fora dos palcos e dos bastidores, assim como narrativas labirínticas paredes meias com uma aura de “mistério” que criam um parentesco com o cinema de Jacques Rivette. Um universo muito próprio que também reflete uma relação de cumplicidade com atores e grupos de atores de várias gerações, de Sonia Saviange e Jean-Christophe Bouvet a Mathieu Amalric e Jeanne Balibar, passando por Howard Vernon, o seu “ator-fétiche”.
 
Dos sete filmes a exibir nesta retrospetiva, apenas um teve estreia comercial em Portugal (TRÊS PONTES SOBRE O RIO, uma produção de Paulo Branco parcialmente filmada no nosso país), havendo ainda duas estreias absolutas na Cinemateca: CHASSE GARDÉE e LE COMPLEXE DE TOULON.

A retrospetiva Jean-Claude Biette – O Teatro Das Matérias antecipa um último mergulho na obra de Paul Vecchiali e no universo da Diagonale marcado para o próximo mês de fevereiro, em que serão também exibidas as curtas-metragens assinadas por Biette.

Programa completo aqui.