Assim concebida, trata-se de uma série especialmente atenta aos seus contemporâneos, fossem eles Buñuel, Dreyer, Guitry, Bresson, Godard, Truffaut, Pasolini, Renoir, Lang, Fuller, Becker, Cassavetes, Alain Robe-Grillet ou a Nouvelle Vague (títulos dos anos 1960), Melville, Claude Autant-Lara ou Demy (na década de 1980), Lynch, Moretti, Rivette, Scorsese, Cissé, Chabrol, Oliveira, Kiarostami, Cavalier, Hsiao-Hsien, Ackerman, Rouch, Garrel, Cronenberg, Kitano (nos anos 1990), Kaurismaki, Straub-Huillet, Ferrara, Iosseliani, Moullet ou Erice (já neste segundo século de cinema).
André S. Labarthe, crítico, realizador, produtor, iniciou-se na crítica de cinema nos anos 1950, é tido como um dos mais discretos e secretos membros da Nouvelle Vague, e tem o percurso da sua obra intimamente ligado ao projecto da série que iniciou em 1964 ao lado de Janine Bazin e continuou a solo depois do desaparecimento desta e da interrupção da série em 1975, no termo dos seus primeiros cinquenta e oito títulos. Durante este período realizou filmes para séries igualmente emblemáticas como "Cinéma, Cinéma" e "Égale Cinéma", documentários sobre dança, retratando coreógrafos como William Fortsythe ou Carolyn Carlson, Patrick Dupont, Ushio Amagatsu, empregando princípios idênticos aos de "Cinéastes, de Notre Temps".
André S. Labarthe vai estar na Cinemateca entre 16 e 20 de Janeiro de 2012 para acompanhar as primeiras sessões da retrospectiva. Vem também participar na série de sessões-conferência da rubrica regular de programação "Histórias do Cinema" cujo programa será anunciado em breve.