O realizador senegalês Djibril Diop Mambéty (1945-98), um dos nomes mais importantes na história do cinema africano, é alvo de uma retrospetiva inédita na Cinemateca. A retrospetiva Djibril Diop Mambéty – Cavalgar o Vento tem lugar entre os dias 5 e 18 de dezembro e permitirá, pela primeira vez na Cinemateca, apreciar o conjunto da obra do realizador além dos títulos mais conhecidos TOUKI-BOUKI e HYÈNES.

Nascido em Dakar, Mambéty estreia-se na realização, a partir da década de 60, com a curta CONTRA’S CITY, de 1969, o seu primeiro filme a ser exibido em salas de cinema (após uma curta-metragem que não teve qualquer difusão pública), onde o realizador procura um olhar sobre os contrastes arquitetónicos e culturais da sua cidade natal. É aí que inicia a predileção pelo “quotidiano dos marginais e excluídos de toda a espécie”, um dos eixos fundamentais do seu cinema, nas palavras do crítico Sada Niang, e que viria a concretizar na sua obra mais reconhecida, a ficção TOUKI-BOUKI, de 1973, vencedora do Prémio Internacional de Crítica no Festival de Cannes no mesmo ano.