Ver

Pesquisa

Notícias

Assunto: Programação
Data: 19/04/2023
Regresso ao campo de batalha e escritores atrás das câmaras
Regresso ao campo de batalha e escritores atrás das câmaras
Em maio a Cinemateca continua em territórios surrealistas, com o final da retrospetiva dedicada a Jan Švankmajer iniciada em abril, regressa ao campo de batalha, na segunda parte do Ciclo “Revisitar os Grandes Géneros” dedicado ao cinema de guerra, e dá palco aos escritores que se aventuraram por detrás das câmaras. São estes os pontos altos da programação do próximo mês, que promete ainda alguns pratos fortes no cinema português e um verdadeiro acontecimento-maratona para os cinéfilos mais resistentes.
 
O mês arranca com a continuação da retrospetiva dedicada ao mestre do surrealismo Jan Švankmajer, organizada em colaboração com o IndieLisboa, que ocupará toda a programação da primeira semana a par de algumas sessões da secção Director’s Cut do festival. Termina assim uma importante retrospetiva, uma das mais completas de sempre da obra de Švankmajer e certamente a primeira oportunidade em Portugal para um conhecimento mais sistemático desta obra essencial da História do cinema de animação (mas não só).
 
“Outras Vistas do Campo de Batalha” é o mote para a segunda parte do Ciclo “Revisitar os Grandes Géneros: a Guerra no Cinema”. Depois de em fevereiro o foco ter estado nas produções americanas, a perspetiva agora é outra, espelhando a diversidade e variedade de retratos da guerra no cinema produzidos noutras latitudes, num programa que incluirá documentários e algumas raridades inéditas nas salas da Cinemateca.
 
Organizado em colaboração com a Associação Portuguesa de Escritores, “Escritores/Realizadores” é um ciclo dedicado a alguns dos escritores que se aventuraram pelos caminhos da Sétima Arte. Por lá encontraremos nomes mais óbvios (Marguerite Duras e Pier Paolo Pasolini, referindo apenas autores mais populares e com obra cinematográfica bastante sólida) mas também uma curiosidade imperdível: MAXIMUM OVERDRIVE, a única longa-metragem realizada por Stephen King, um dos escritores mais adaptados ao cinema. Além da exibição dos filmes, haverá um conjunto de sessões com conversas sobre o trabalho destes escritores que também foram realizadores.
No que diz respeito ao cinema português, maio será um mês bastante preenchido e variado com várias ante-estreias e uma sessão especial que marca o regresso de João Canijo ao filme NOITE ESCURA, numa nova versão com mais 20 minutos de duração e mais de acordo com as intenções iniciais do realizador (dia 10, às 21h30). Na rubrica ante-estreias serão apresentadas duas sessões dedicadas a obras de dois importantes autores do cinema português: Sandro Aguilar apresentará as suas três mais recentes curtas (dia 19, às 21h30), e Jorge Jácome a sua estreia nas longas-metragens com SUPER NATURAL, vencedor do prémio da crítica do Festival de Cinema de Berlim de 2022 (dia 30, às 21h30).
 
Por fim, destaque ainda para as três sessões Dias do Cinema Lux 2023, em que serão exibidos três dos cinco filmes candidatos ao Lux - Prémio Europeu do Público para o Cinema (entre os quais FOGO FÁTUO, o mais recente filme de João Pedro Rodrigues, além de ALCARRÀS, de Carla Simón, e TRIANGLE OF SADNESS, de Ruben Östlund), e para um verdadeiro acontecimento: a exibição de LA FLOR, de Mariano Llinás, o “mais longo filme da história do cinema argentino”, com uma duração mastodôntica de 808 minutos para ver ao longo de seis dias, é uma maratona proposta pelos espectadores da Cinemateca na rubrica O Que Quero Ver.