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Assunto: Exibição
Data: 18/01/2024
Projeto FILMar leva cinema português, em novas cópias digitais, à Noruega
Projeto FILMar leva cinema português, em novas cópias digitais, à Noruega
A partir de amanhã, 19 de janeiro, a Cinemateca Portuguesa apresentará na Cinemateca de Oslo, um ciclo de filmes digitalizados pelo projeto FILMar, todos eles inéditos na Noruega. A abrir o programa, MARIA DO MAR, de José Leitão de Barros (1930), exemplo maior do cinema mudo, para o qual o compositor Bernardo Sassetti compôs uma das mais extraordinárias partituras contemporâneas, encomendada pela Cinemateca aquando do primeiro restauro do filme, em 2000.
 
O programa prosseguirá, a 20 de janeiro, com a exibição de AS ILHAS ENCANTADAS, de Carlos Vilardebó (1965), com Amália Rodrigues, cuja nova cópia digital estreou no Festival Lumière, em Lyon, e que chegará às salas nacionais a 1 de fevereiro, e a 21 com A CANÇÃO DA TERRA, de Jorge Brum do Canto (1938), também ele rodado no arquipélago da Madeira.

No mês seguinte será apresentado APARELHO VOADOR A BAIXA ALTITUDE, de Solveig Nordlund (2002), cuja nova cópia digital será estreada a 26 de janeiro no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, juntamente com uma seleção de curtas-metragens, entre elas A ALMADRABA ATUNEIRA, de António Campos (1961), afirmativo registo da última campanha de pesca de atum na ilha da Abóbora, ao largo de Tavira, desaparecida com as tempestades do inverno de 1962. Os filmes portugueses serão, depois, apresentados nas diferentes cinematecas-satélite norueguesas, nomeadamente em Bergen, onde o FILMar já esteve em março de 2023.
 
O programa completa-se com uma seleção de títulos noruegueses, também eles digitalizados no âmbito do projeto FILMar, com o apoio do Mecanismo Financeiro Europeu EEAGrants 2020-2024, e em colaboração com a Biblioteca Nacional da Noruega. Esses filmes, entre eles clássicos como HØYSOMMER (Arild Brinchmann, 1958), MARIA MARUSJKA (Oddvar Bull Tuhus, 1973), BRENT AV FROST (Knut Erik Jensen, 1997), são exemplos da inventidade narrativa do cinema norueguês, habitado por sentimentos de culpa, ética e pelas sombras de fantasmas, desejos interditos e o terror da guerra. Estes e outros títulos noruegueses integrarão a programação FILMar que decorrerá em Portugal a partir de 1 de fevereiro, com sessões na Cinemateca e noutros locais.
 
O projeto FILMar, desenvolvido pela Cinemateca Portuguesa em colaboração com o Norsk Film Institutt desde 2020 ao abrigo do Mecanismo Financeiro Europeu EEAGrants 2020-2024, teve por objetivo a digitalização de 10 mil minutos de património fílmico nacional relacionado com o mar, promovendo a sua difusão em sessões nos territórios onde foram rodados, e em colaboração com vários parceiros, nomeadamente festivais, cineclubes, cineteatros, museus e projetos pedagógicos. Entre 1 de fevereiro e 30 de abril, o FILMar irá apresentar uma seleção desses títulos em mais de 30 locais. A programação será anunciada em breve.