“Pedro Hestnes – Faça de Mim o que Quiser” e “O Mundo Mágico de Apichatpong Weerasethakul” são as duas grandes retrospectivas de Setembro e têm ambas início no dia 1, respectivamente com “O Sangue”, às 19h00, “O Amor das Três Romãs” com “A Casa Esquecida”, às 22h00, e “Tropical Malady”, às 21h30.
Os programas, de longas e curtas-metragens, detalhadamente consultáveis em “Programação”, são compostos respectivamente por vinte e oito e vinte e sete títulos e decorrerão ao longo de todo o mês, evocando o percurso de actor de Pedro Hestnes, tão intimamente ligado ao cinema português a partir de finais dos anos 1980, e a obra do realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul, uma das mais originais do cinema contemporâneo.
Acompanhando a fortíssima presença de Pedro Hestnes no cinema português, de que não foi actor exclusivo mas que marcou indelevelmente, a retrospectiva da sua obra é cronologicamente balizada entre “O Amor das Três Romãs” quando João César Monteiro o filmou em 1978, e “Bazar”, produção franco-portuguesa de 2009, de Patricia Plattner, o penúltimo filme em que participou, anterior à mais recente longa-metragem de Catarina Ruivo ainda em fase de conclusão. Para além deles, e abrindo com o filme de estreia de Pedro Costa, “O Sangue”, indissociável de Hestnes, tal como “Xavier” de Manuel Mozos, vão ser ainda mostrados filmes de Jorge Silva Melo, João Canijo, Luís Alvarães, João Botelho, José Fonseca e Costa, António da Cunha Telles, Margarida Gil, José Nascimento, Maria de Medeiros, Hugo Vieira da Silva, F. J. Ossang, Raoul Ruiz, com quem Hestnes fez “Combat d’Amour en Songe”, Teresa Garcia, José Meireles, Cláudia Tomaz, Luís Fonseca, José Barahona e Catarina Ruivo, com quem Hestnes colaborou em primeiras experiências cinematográficas, uma das recorrências da sua filmografia.