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Assunto: Programação; Exibições
Data: 21/02/2015
Março, programação - um mês americano
Março, programação - um mês americano

A programação de março na Cinemateca é fundamentalmente americana e clássica, no rasto de Griffith e do centenário de “The Birth of a Nation”, que tem uma projeção especial no Teatro Nacional de São Carlos a 16, musicalmente acompanhada com a partitura original de Joseph Carl Breil executada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direção da maestrina Gillian Anderson, apresentando-se na Cinemateca “Broken Blossoms”, “Abraham Lincoln” e “The Struggle”. O programa em destaque, que atravessa o mês inteiro, é feito de “Discípulos de Griffith” e reúne filmes de Raoul Walsh, Erich von Stroheim, Tod Browning, King Vidor, Frank Borzage, Allan Dwan e Henry King, realizados entre os anos vinte e os sessenta. E nas sessões conferência das“Histórias do Cinema”, entre 23 e 28, Miguel Marías comenta cinco filmes da sua escolha (“The Leopard Man”, “Canyon Passage”, “Out of of the Past” e “Anne of the Indies”) de Jacques Tourneur, que tem um sexto filme programado em março, na última meia-noite de sexta-feira, “The Comedy of Terrors”.

 

Fundamentalmente americana, mas não apenas. Conhecido como uma das figuras de proa do designado “Cinema Marginal brasileiro” dos anos sessenta e setenta, Andrea Tonacci vai estar na Cinemateca a 25 e 26 a apresentar os seus filmes “Conversas no Maranhão”, “Serras da Desordem” e o recente “Já Visto Jamais Visto”, a exibir com “Tatakox – Aldeia Nova”, realizado pela comunidade Maxakali Aldeia Nova do Pradinho, numa colaboração com os Encontros Cinematrográficos do Fundão. Atualmente a filmar em Lisboa, Carlos Diegues apresenta “Os Herdeiros”, a 23. Há ainda um programa de comédia japonesa, numa iniciativa em colaboração com a Japan Foundation e a Embaixada do Japão em Portugal. Anita Ekberg é lembrada numa projeção do icónico “La Dolce Vita” de Fellini, a 14.

 Realizador convidado de março, Nicolas Rey mostra os seus três últimos filmes (“Autrement, la Molussie”, “Schuss!”, “Les Sovietes Plus l’Électricité”), a que reúne filmes de realizadores e amigos que lhe são próximos e colaboram no laboratório cinematográfico “L’Abominable”, de que é um dos fundadores. Aos filmes de Nathalie Nambot, Maki Berchache ou Alexandr Balagura, Rey junta ainda obras de Straub e Huillet, Duras, Akerman, Marker, Benning ou Sokurov. O programa decorre entre 2 e 21, conta com a presença de Rey a partir de 9 e inclui dois encontros centrados em questões relacionadas com o trabalho em película fílmica na atualidade, as virtudes e condicionalismos associados à sua projeção.

 

Michael Stütz, programador da Berlinale e diretor do Festival de Cinema Xposed, vem apresentar duas sessões de cinema de avant-garde austríaca numa colaboração com a Associação Cultural Rabbit Hole e o Xposed Queer Film Festival Berlin, a 6 e 7. Nos mesmos dias, a FACA – Festa de Antropologia Cinema e Arte realiza três sessões e um workshop na Cinemateca, a no contexto de “O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia em Foco”, programado por Rose Satiko Hikiji e Paula Morgado do LISA-Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo; “Representações” e “Lugares e Sons”, programado pela equipa da FACA.

 

A 21, a nova livraria da Cinemateca Linha de Sombra assinala o seu início com um concerto com os Bande à Part, a realizar no Espaço 39 Degraus, enquanto nas salas de cinema se vêem “Índia Song” de Marguerite Duras e “Traité de Bave et d’Etérnité” de Isidore Isou, numa das propostas “Double Bill” das matinés dos sábados, e “Recordações da Casa Amarela” de João César Monteiro.

Março, programação - um mês americano