“A maior retrospetiva de cinema iraniano jamais feita dentro ou fora do Irão” (palavras de Ehsan Khoshbakht, na sessão de abertura do Ciclo em fevereiro) entra agora na fase pós-revolução islâmica de 1979, aquela que, em décadas recentes, se tornou mais conhecida internacionalmente, mas da qual grandes obras e nomes fundamentais aqui estão ainda por descobrir.
 
Nesta segunda parte do Ciclo, que inclui 17 filmes realizados entre 1984 e 2015, revisitamos obras essenciais de nomes consagrados – Abbas Kiarostami, Mohsen Makhmalbaf, Jafar Panahi… – mas damos a conhecer a grande realizadora Rakhshan Banietemad e exibimos títulos de outros realizadores aclamados mas que aqui se mantêm inéditos, como M. Rasoulof ou A. Asghar Farhadi. Sem dúvida, no conjunto, e num ano que vai ainda nos seus primeiros andamentos, um dos grandes acontecimentos de toda a nossa programação em 2023.

Diretamente de Taiwan, chegará uma retrospetiva dedicada a um dos géneros mais populares do cinema asiático: o Wuxia, cinema de artes marciais com muita fantasia e capa e espada à mistura, que fez as delícias de muitos espectadores nos anos 1960 e 1970 um pouco por todo o mundo. O principal foco é a obra de King Hu, um dos grandes mestres do género (autor de clássicos como DRAGON INN, que abrirá o ciclo, ou A TOUCH OF ZEN), mas haverá também espaço para outros autores ao longo do mês.