Manuel Mozos assina uma nova montagem de cortes de censura do Estado Novo a partir do material conservado na Cinemateca, permitindo-nos um olhar sobre o que a Comissão de Censura não deixou ver. Esta nova sequência é dedicada a cortes feitos de acordo com o que a Comissão estabeleceu como critérios morais.

A montagem será contextualizada por Margarida Sousa e Manuel Mozos, que mais uma vez abordarão resultados da investigação em curso sobre o tema, articulando o estudo dos cortes existentes na Cinemateca com a documentação relativa à Comissão de Censura arquivada na Torre do Tombo.

 

 

21h30  Sala M. Félix Ribeiro 

A Dama de Xangai 

de Orson Welles

EUA, 1948 - 87 min / legendado electronicamente em português - NOVO RESTAURO DIGITAL (2013)

A quinta longa-metragem de Orson Welles inscreve-se, à sua maneira, no contexto do “filme negro”, que estava então no apogeu, género de que uma das características são as tramas narrativas pouco límpidas, no qual a acção nunca tem causas claras. Neste filme, Welles é um marinheiro em terra conquistado pela beleza de Rita Hayworth, que o arrasta para uma intriga de sexo e crime que culmina numa das mais famosas sequências da história do cinema: o frente a frente das três personagens principais na Casa dos Espelhos do Luna Parque, como tubarões que se devoram, segundo a fábula que Welles conta no filme.