Ver

Pesquisa

Notícias

Assunto: Programação; Exibições
Data: 20/08/2012
Histórias do Cinema - João Mário Grilo: Cinegeografias
Histórias do Cinema - João Mário Grilo: Cinegeografias
No mês da reabertura, as Histórias do Cinema trazem, pela mão de João Mário Grilo, uma proposta diferente, neste caso temática, ligada ao universo de uma mais vasta investigação que o próprio tem em curso – a relação entre Cinema, Paisagem e Realidade. Autor marcante do cinema português desde 1979, Grilo tem sido, nestas últimas décadas, como professor, crítico e investigador, um nome central do pensamento sobre cinema no nosso país, integrando cada vez mais esse território (e algumas áreas privilegiadas dele, como o cinema clássico ou, justamente, o cinema português) nos territórios mais largos e nas interrogações mais recentes da história de arte.
Sobre este programa (numa rubrica que, lembramos, tem características únicas na actividade da Cinemateca – VER NOTA) escreveu João Mário Grilo: “A par com a fotografia, o cinema é, de todas as artes, aquela onde é mais empático o compromisso com a realidade do real. Ao longo da sua história, e de forma mais ou menos consciente, o cinema foi, por isso, traçando uma geografia de geografias, nesse processo ganhando, ao mesmo tempo, imaginário e território. Neste programa, serão olhadas algumas dessas geografias primordiais, paisagens incontornáveis desse ‘país-cinema’, que Serge Daney tão bem definiu, e onde se trata, afinal, da fusão sublime e quimérica entre o homem e a vertigem do mundo que, desde Lascaux, o assombra”.

Alteração do preço dos bilhetes desta rubrica

Como está a ser tornado público, com a reabertura da actividade de exibição em Setembro, os preços de bilhetes para as sessões da rubrica “Histórias do Cinema” sofrem actualização, suplantando as tabelas em vigor para as restantes sessões da Cinemateca. Assim, o preço da sessão individual sobe de 3,2 para 5 euros (3 euros para estudantes, cartão jovem, maiores de 65 anos e reformados, ou 2,6 euros para Amigos da Cinemateca, estudantes de cinema, e desempregados), passando o da caderneta de 12,8 para 22 euros (12 euros para estudantes, cartão jovem, maiores de 65 anos e reformados, ou 10 euros para Amigos da Cinemateca, estudantes de cinema, e desempregados).
Esta mudança surge na sequência de um ano experimental da iniciativa e procura adequar um pouco mais os preços à natureza efectiva da rubrica, que, repete-se, não é apenas um ciclo ou um conjunto de sessões apresentadas. Na verdade, como sempre foi sublinhado, estes programas têm uma explícita vocação formativa, na qual cada investigador vai para além do papel normalmente atribuído a um convidado apresentador de sessão. Ao longo de um conjunto de cinco programas (sempre agendados de forma intensiva), o autor escolhido desenvolve o tema em regime de conferência, completando depois essa intervenção, após o visionamento do filme, com a resposta a perguntas e a animação coloquial. Não tendo cariz académico, o que procuramos com a iniciativa é erguer um espaço intermédio entre a projecção de filmes e o modelo de conferência (ou de curso livre), combinando e integrando os dois. Simetricamente, ao participante lançamos antes de mais o desafio de uma presença também ela intensiva, convidando-o a beneficiar do programa na sua múltipla dimensão, ou seja, nas suas várias componentes e nos seus vários níveis de intervenção. Daí o incentivo à compra da caderneta e o regime particular de preços.
Histórias do Cinema - João Mário Grilo: Cinegeografias