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Assunto: Programação; Exibições; Sessões Especiais
Data: 23/03/2015
Didi-Huberman e o Cinema de Poesia na Cinemateca a 30 de março
Didi-Huberman e o Cinema de Poesia na Cinemateca a 30 de março

O filósofo e historiador de arte francês Georges Didi-Huberman vai estar na Cinemateca na próxima segunda-feira, 30 de março, às 21h30, para apresentar uma sessão especial de cinco filmes de curta-metragem da sua escolha, concebida sob o mote “Cinema de Poesia”.

 

O programa é composto por títulos de Man Ray, Pier Paolo Pasolini, Manoel de Oliveira, Maria Kourkouta e Forough Farrokhzad, realizados em finais dos anos vinte (“Étoile de Mer”), nos anos sessenta (“La Sequenza del Fiore di Carta”, “A Vida e a Morte – Romance de Vila do Conde” e “Khaneh syah Ast / A Casa É Negra”) e em 2013 (“Retour à la Rue d’Éole”).

L’ÉTOILE DE MER

de Man Ray
com Robert Desnos, Kiki de Montparnasse
França, 1928 – 17 min / intertítulos em francês
LA SEQUENZA DEL FIORE DI CARTA
“A Sequência da Flor de Papel”

de Pier Paolo Pasolini
com Totò, Ninetto Davoli
Itália, 1969 – 12 min / legendado eletronicamente em português
A VIDA E A MORTE, ROMANCE DE VILA DO CONDE
de Manoel de Oliveira
com José Régio, voz de Luís Miguel Cintra
Portugal, 1965-2008 – 6 min
RETOUR À LA RUE D’ÉOLE – SIX PEINTURES POPULAIRES
de Maria Kourkouta
França, 2012-13 – 14 min / legendado em inglês
KHANEH SIAH AST
"A Casa é Negra"
de Forough Farrokhzad
Irão, 1963 – 22 min / legendado eletronicamente em português

 

duração total da projeção: 71 min

Numa escolha de Georges Didi-Huberman, os cinco filmes da sessão constituem um programa concebido à volta da ideia “Cinema de Poesia”. L’ÉTOILE DE MER é um fabuloso exemplo da vanguarda francesa dos anos vinte. Em LA SEQUENZA DEL FIORE DI CARTA, Pasolini filma Ninetto Davoli correndo alegremente pelas ruas de Roma enquanto uma voz, vinda dos fios de telefone, que não é outra senão a de Deus. A VIDA E A MORTE, ROMANCE DE VILA DO CONDE (que forma um díptico com O POETA DOIDO, O VITRAL E A SANTA MORTA com o título comum A VIDA E A MORTE) foi filmado por Oliveira com José Régio em 1965 e permaneceu inédito até 2008, quando foi apresentado no Festival de Veneza e na Cinemateca, numa montagem sonora que inclui a gravação do célebre poema de Régio por Luis Miguel Cintra. Em RETOUR À LA RUE D’ÉOLE Maria Koukouta retrabalha fragmentos de filmes gregos muito populares nos anos cinquenta e sessenta, que combina com excertos de textos de poetas e a música de Manos Hadjidakis, convidando-nos a uma viagem a Atenas e à Grécia contemporânea. KHANEH SIAH AST, único filme da poeta iraniana Forough Farrokhzadn, que filma de forma magistral o quotidiano de uma comunidade de leprosos.
 

Didi-Huberman e o Cinema de Poesia na Cinemateca a 30 de março
em cima: Khaneh sy̰ạh ạst / "A Casa É Negra" (Forough Farrokhzad 1962)
no topo: Étoile de Mer (Man Ray, 1928)
foto de entrada: La Sequenza del Fiore di Carta (Pier Paolo Pasolini, 1968)