Como tem vindo a ser divulgado, o primeiro acontecimento da programação de setembro na Cinemateca é a retrospetiva dedicada à obra de Joaquim Pinto e Nuno Leonel - "E Agora? Lembrando Joaquim Pinto e Nuno Leonel", a decorrer entre 2 e 6, sendo este um mês em que a Cinemateca acolhe dois focos do programa do festival Queer Lisboa - John Waters e cinema africano, entre 20 e 27. Programada entre 8 e 30, com o inestimável apoio da Cinemateca Francesa, responsável pela sua organização e itinerância, a retrospetiva mais extensa de setembro, com trinta e duas sessões e um maior número de filmes, intitula-se "Graças a Henri Langlois" e permite um retrato da figura e do trabalho do histórico programador da Cinemateca Francesa.
Estruturada em capítulos, "Graças a Henri Langlois" propõe sessões "Retrato" (por exemplo, "Citizen Langlois" de Edgardo Cozarinsky), "Langlois Programa" (uma montagem de filmes mudos), "Cinema de Vanguarda" (com filmes de Epstein, René Clair, Man Ray, Léger, Len Lye ou do pioneiro Marey), "O Cinema como Meio de Resistência" (com filmes de Willy Zielke, Marcel Carné ou Grémillon), "Os Agitadores" (com filmes de Godard, Garrel, Biette, Franju, Pialat e Guy Gilles), sessões dedicadas a Georges Méliès, Jean Renoir ("La Chienne", "Partie de Campagne", "Pour un Air de Charleston"), Hollywood (revisitando Louise Brooks, Stroheim, Lubitsch ou Allan Dwan) e "Figuras do Cinema Francês" como Léonce Peret, Abel Gance, André Antoine, Musidora, Marcel L'Herbier, Lazare Meerson, Dimitri Kirsanoff, ou Nadia Siberskaia. Trata-se de um programa heteróclito, que apresenta uma série de títulos muito raros, obras-primas da história do cinema e filmes hoje menos lembrados, realizados entre 1897 ("Après le Bal", de Méliès) e 1977 ("Le Théâtre des Matières", de Jean-Claude Biette), incluindo as cinéfilas antiaulas de Langlois em "Anti-Cours" de Harry Fischbach.