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Assunto: Programação
Data: 12/05/2023
Chenguelaia, Bennett, Saura, Justiça no cinema e esplanada
Chenguelaia, Bennett, Saura, Justiça no cinema e esplanada
O universo tragicómico do realizador georgiano Eldar Chenguelaia e a filmografia de Joan Bennett vão estar em destaque na programação de junho, mês em que a Cinemateca é chamada à barra dos tribunais e homenageia o realizador espanhol Carlos Saura, falecido no passado mês de fevereiro. A partir do dia 15 regressa um clássico das noites de verão na Cinemateca: a temporada de cinema ao ar livre na esplanada da Cinemateca, com uma programação que irá decorrer diariamente até ao início de setembro.
 
Acabado de celebrar 90 anos Eldar Chenguelaia é, a par de Otar Iosseliani, um dos nomes mais conhecidos do cinema georgiano. Apesar de não ter a popularidade internacional do último, partilha com ele um olhar satírico sobre o seu país, onde a comédia vive paredes meias com a tragédia e as principais personagens são sonhadores excêntricos que lutam contra a realidade de um sistema cinzento. É disso exemplo AS MONTANHAS AZUIS OU UMA HISTÓRIA INACREDITÁVEL, filme que abre a retrospetiva quase completa dedicada a Chenguelaia, uma sátira centrada na história de um jovem escritor a braços com uma máquina burocrática infernal na tentativa de publicar um dos seus livros.
 
Nascida e criada numa família de atores, Joan Bennett (1901-1990) cedo seguiu os passos da família e construiu entre 1916 e 1977 uma das mais persistentes filmografias em Hollywood. TRÊS VEZES JOAN BENNETT é o ciclo que a Cinemateca lhe dedica em junho propondo, em navegação cruzada, a revisitação dos títulos icónicos e mais marcantes da atriz que trabalhou com Fritz Lang, Raoul Walsh, Jean Renoir, entre muitos outros. Haverá também oportunidade para recuperar filmes da “fase inicial”, como os pouco conhecidos BULLDOG DRUMMOND, SCOTLAND YARD, WEDDING PRESENT.
 
A investigação criminal contada pela ficção e pelo documentário, ou entre a ficção e o documentário, é o mote para o ciclo JUSTIÇA NO CINEMA: OS SINUOSOS CAMINHOS DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL, organizado em parceria com o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP), que este ano comemora o seu trigésimo quinto aniversário. Perto de uma dezena de títulos para percorrer os caminhos tortuosos da verdade e da justiça e que revelam a complexidade do trabalho desse “palco” de todos os dias que são os tribunais.
 
Junho é também mês de homenagear Carlos Saura, um dos mais reconhecidos representantes do Novo Cinema Espanhol, e um dos últimos redutos das Novas Vagas europeias a persistir à passagem dos anos. IN MEMORIAM CARLOS SAURA reunirá sete títulos realizados deste discípulo de Luis Buñuel, entre os quais LA CAZA e CRIA CUEVOS, obra maiores do cinema espanhol, e FADOS, filme que dedicou ao género musical português por excelência em 2007.
 
Por fim, destaque para o início das sessões de cinema ao ar livre na esplanada da Cinemateca, um clássico das noites de verão na Cinemateca que arranca no dia 15 de junho com sessões diárias até ao início de setembro, e para a sessão COM A LINHA DE SOMBRA, em que será exibida a nova versão digital de DINA E DJANGO, de Solveig Nordlund, a propósito de um duplo lançamento dedicado à realizadora  – o catálogo da Cinemateca Solveig Nordlund – Um Percurso Singular (publicado na sequência do Ciclo com o mesmo título que apresentámos em junho e julho de 2022) e do DVD de DINA E DJANGO pela Academia Portuguesa de Cinema (em colaboração com a Cinemateca no contexto da “Coleção da Academia”).