No próximo dia 13, às 19h, na Cinemateca, é apresentada uma obra única no contexto da arte e do cinema português: "Almada, Um Nome de Guerra", mixed media que propõe um diálogo entre Ernesto de Sousa e obra de Almada Negreiros. "Não-filme", “antifilme”, mixed media, são termos que apontam para a natureza experimental e multidisciplinar de "Almada, Um Nome de Guerra", um projeto de Ernesto de Sousa que partiu da sua intensa admiração pela obra de Almada Negreiros, e que cruza o cinema, as artes gráficas, a música, a pintura, o teatro e a poesia.
Envolvendo projeções simultâneas de várias sequências fílmicas e de diapositivos e uma elaborada componente sonora que combina pré-gravações de música com textos e frases de Almada Negreiros, "Almada, Um Nome de Guerra" é um trabalho de natureza aberta e com margem para a improvisação, o que faz de cada apresentação um acontecimento único. Concebido entre 1969 e 1972 e apresentado pela primeira vez em 1979, contou com a colaboração de inúmeros artistas de várias áreas como o design gráfico (Carlos Gentil-Homem, o responsável pelos cartazes e pelos diapositivos que fazem parte integrante do projecto), a música experimental (Jorge Peixinho e o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa), e do próprio Almada, cuja presença e o carácter multifacetado da obra constituem o fundamento de "Almada, Um Nome de Guerra".