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Assunto: Programação
Data: 14/09/2011
A história, a política e a economia mundiais em onze filmes
A história, a política e a economia mundiais em onze filmes

O programador francês Jean-Pierre Rehm, director do festival de cinema documental FidMarseille, vai estar na Cinemateca entre os dias 15 e 17 de Setembro para apresentar uma selecção de onze filmes exibidos em edições recentes do festival, propondo uma reflexão sobre a actualidade em torno de cinco tópicos: “Imaginário e Economia”, “Trabalhar”, “Sexo e Política”, “Silhuetas em Guerra” e “Figuras?”.

Realizados entre 2008 e 2011, de produção francesa, alemã, austríaca, polaca, suíça, turca, israelita, norte-americana e canadiana, os filmes do programa são marcados pela diversidade temática e pela experimentação formal, revelando universos de autores que têm vindo a trabalhar a História, a memória e questões que atravessam a sociedade, a politica e a economia mundiais.

Sob o signo da economia, o programa abre com uma investigação que explora as relações entre o cinema e a violência (“In Free Fall”, de Hito Steyrl) e um retrato pouco convencional do emirado árabe de imaginário virtual (“The Dubai in Me”, de Christian von Borries, a exibir no dia 15, às 19h00). Fragmentário, “Le Soulèvement Commence en Promenade”, de Elise Florenty, é mostrado com “Michel Berger, Uma Histeria”, de Thomas Furhapter, centrado na história criminal de um banqueiro austríaco e atravessando uma série de países (dia 15, às 21h30).

O trabalho dá o tom à sessão que reúne “Praça Maszyn / O Trabalho das Máquinas”, de Gilles Lepore, Maciej e Michal Madracki, evocação de uma cidade industrial polaca, e “The Unstable Object”, de Daniel Eisenberg, reflexão sobre o tempo e o trabalho em cenários industriais de Dresde, Nova Iorque e Istambul (dia 16, às 19h00).

“Tse” e “The Confessions of Roee Rosen”, do artista israelita Roee Rosen, compõem uma sessão dedicada ao sexo e à política (dia 16, às 21h30), decorrendo a seguinte sob o mote da guerra, com “Cotonov Vanished”, de Andreas Fontanas, e “How I Filmed the War”, de Yuval Sagiv (dia 17, às 19h00). A última sessão reserva-se para um poderoso retrato das condições de vida de uma comunidade de migrantes “sem papeis”: “Qu’ils Réposent en Revolte (Des Figures des Guerres)”, de Sylvain George (dia 17, às 21h30).

O FidMarseille tem mais de duas décadas e é hoje um dos mais estimulantes festivais de cinema documental. Organizada em colaboração com o FID e o Institut Français du Portugal, a carta branca proposta pela Cinemateca a Jean-Pierre Rehm é também o reconhecimento da importância do trabalho do festival de Marselha, e a oportunidade para trazer à Cinemateca o trabalho de realizadores que têm vindo a marcar o panorama do cinema documental contemporâneo.

A história, a política e a economia mundiais em onze filmes
The unstable Object (2011), de Daniel Eisenberg
Em cima: The confessions of Roee Rosen (2008), de Roee Rosen