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Assunto: Programação
Data: 14/06/2023
A Escola de Cinema, o regresso das “Histórias do Cinema” com P. Adams Sitney, a evocação de Harry Belafonte e os filmes de Francisco
A Escola de Cinema, o regresso das “Histórias do Cinema” com P. Adams Sitney, a evocação de Harry Belafonte e os filmes de Francisco
Em julho concretizamos finalmente um muito desejado ciclo dedicado à Escola de Cinema (ESTC), na ocasião em que esta perfaz meio século de existência. Chamando a atenção para os cruzamentos e as passagens de testemunho ali ocorridas sobretudo nas etapas fundadores, mas dando a ver igualmente (em muitos casos pela primeira vez fora do espaço da instituição) um grande conjunto de filmes realizados na escola por várias gerações de alunos até ao presente, este é tanto um programa celebrativo como um desafio à reflexão e ao debate em torno de uma entidade que se cruzou ela própria com todos os debates de fundo de meio Século de Cinema Português. Olhando para dentro da Escola, é assim também para fora dela que olhamos, voltando, por outro ângulo, a este nosso e incontornável tema que é o dos destinos do nosso cinema.   
 
Ainda na primeira semana de julho, de 3 a 7, regressa a rubrica “Histórias do Cinema” com a presença de um grande nome da historiografia cinematográfica - investigador, instigador, parceiro de viagem, e, apeteceria dizer, consciência viva do que longamente nos habituámos a chamar “cinema experimental” ou, em sentido mais lato, vanguardas. É P. Adams Sitney que volta à Cinemateca, onde, para além de outras visitas, acompanhou uma inesquecível retrospetiva da obra de Stan Brakhage. É então ele que nos diz: “As cinco sessões concentrar-se-ão nos modos como alguns dos maiores filmes do século XX produziram os seus efeitos e simultaneamente celebraram o que os seus criadores acreditavam ser a essência do cinema. Uma combinação eclética de estratégias interpretativas retóricas e psicanalíticas explorará a história do cinema de vanguarda e as narrativas modernistas.” Entre os filmes a apresentar estão obras de Maya Deren, Stan Brakhage, Man Ray, Hollis Frampton, Kenneth Anger, ORDET, de Carl Th. Dreyer, e ZERKALO/O ESPELHO, de Andrei Tarkovski.
 
Outros destaques da programação em julho passam por uma homenagem ao ator-cantor Harry Belafonte, recentemente desaparecido, e um programa organizado em colaboração com as Jornadas Mundiais da Juventude em que serão apresentados alguns dos filmes de eleição de Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, que já bem testemunhou o seu interesse pelo cinema.
 
E, como já não pode deixar de ser, as sessões noturnas continuam reservadas para o cinema ao ar livre na Esplanada da Cinemateca, sempre às 21h45.