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Assunto: Gestos & Fragmentos
Data: 25/08/2020
O Museu vai a Casa
Praxinoscópio
Le Praxinoscope
Emile Reynaud
França, 1879 ca
Col. CP-MC | PC358

 
Este exemplar da coleção da CP-MC é composto por um cilindro em metal pintado de preto, onde num segundo cilindro com a metade do tamanho e colocado no centro do primeiro, estão colados lado a lado 12 pequenos espelhos verticais, de modo a formar um polígono prismático. Na parte superior do prisma está colada uma impressão litografada com o nome do objeto. Esta estrutura está montada num pé de madeira pintada de castanho e gira sobre o seu eixo quando acionada manualmente. Um encaixe para uma vela e um suporte em latão com sistema de mola para agarrar a vela, ambos amovíveis, sustentam um abajur em cartão impresso, decorado com cromolitografias dos desenhos das bandas pertencentes à 2ª série, criadas para o Praxinoscópio por Emile Reynaud. A banda de imagens desenhadas em animação tem o número 12 e intitula-se Le Jeu du Volant.
Le Praxinoscope foi patenteado por Emile Reynaud a 30 de agosto de 1877 e apresentado na Exposição Universal de Paris em 1878. Este aparelho de ilusão de movimento, que viria a ter subsequentes modelos melhorados, é um aperfeiçoamento de anteriores dispositivos como o fenaquistiscópio e o zootrópio. Sem a interferência das fendas dos anteriores aparelhos, o prisma de espelhos reflete as imagens dando a ilusão de um movimento mais contínuo, fluido e nítido permitindo valorizar as cores dos desenhos, não sendo necessário uma rotação muito rápida. As bandas desenhadas com sequências de movimentos contêm 12 imagens, o mesmo número que o de espelhos, com cores vivas sobre um fundo claro. A banda é colocada no perímetro do cilindro fazendo coincidir as imagens com os espelhos e pode ser visualizada à noite graças à iluminação da vela e ao abajur que fazia incidir a luz nas imagens.