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Assunto: Gestos & Fragmentos
Data: 17/08/2020
O Museu vai a Casa
Vidro para Lanterna Mágica
Animado, de pega com máscaras
Umbrella Man
Autor n/ident.
Reino Unido, 2ª metade Séc. XIX
Col. CP-MC | PC184

 
O exemplar aqui apresentado é composto por um vidro fixo, pintado à mão, que inclui o desenho completo – homem com chapéu de chuva na mão e simultaneamente com um chapéu de chuva no nariz. Um segundo vidro deslizante no sentido horizontal, com pega, sobreposto ao vidro fixo e contendo “máscaras” – manchas de tinta preta – impede que algumas partes da imagem sejam projetadas. A ação é produzida movendo o vidro deslizante que pode ser puxado parcialmente para fora do caixilho de madeira e empurrado para a sua posição anterior.  Ora o ilustre senhor passeia com o seu chapéu de chuva fechado na mão, ora o chapéu de chuva abre-se, causando grande surpresa por a pega do mesmo ser o seu nariz. O lanternista pode marcar o ritmo consoante a história, puxando e empurrando o vidro deslizante ou simplesmente usar uma vez o efeito de transformação e prosseguir com outro vidro.
O desejo de criar imagens em movimento levou os lanternistas a criar mecanismos engenhosos. Os primeiros “truques” davam-nos a ver movimentos simples, mas de enorme perplexidade e entusiasmo à época. Geralmente, era um processo de duas etapas: deslizar duas imagens, uma sobre a outra, e incluir o uso de alavancas ou simplesmente “máscaras” pretas para obter efeitos surpreendentes.