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Assunto: Cinema Português
Data: 15/03/2016
Nicolau Breyner (1940-2016)
Nicolau Breyner (1940-2016)

Adentro do elenco, confiado, na generalidade, a gente moça, sobressai, de longe, o desempenho de Nicolau Breyner refreado na sua exuberância e que na pele de um agente secreto se mostra tão à vontade nas passagens amorosas como nas cenas de rija pancadaria… (Saldanha da Gama, Diário da Manhã, 1967, sobre o filme Operação Dinamite)

 
Nicolau Breyner tem um trabalho deslumbrante: é o homem do poder do dinheiro, o novo-rico da República, aquele que tudo pode comprar, e é ao mesmo tempo um olhar de cão batido que esbarra na incapacidade dilacerante de suscitar o desejo por ser demasiado velho. (Eduardo Prado Coelho, Público, 2004, sobre o filme O Milagre Segundo Salomé).

Nicolau Breyner aproxima-se isolado do estatuto de actor de culto, no cinema, que é coisa diferente: pouco reconhecido pela sua elasticidade, mas com uma imagem de marca, que se confunde com a ética, e que perdura no tempo. (Ricardo Dias Felner, Público, 2005)

 
Este homem é cinema. Esqueçam a sua persona de actor televisivo, esqueçam o antigo apresentador de televisão. Nicolau Breyner agora é “o” actor do cinema português. A grande reviravolta de carreira deu-se em Os Imortais e prosseguiu em O Milagre Segundo Salomé. Nestes papéis descobriu-se em definitivo que é no grande ecrã que o talento de Nicolau passa melhor. (nota não assinada, Diário de Notícias, 2005)
 
(…) a sua versatilidade como actor e a sua grande fotogenia fazem de Breyner um dos triunfos mais seguros dos filmes em que participa. (João Carlos Viana, Diccionario del Cine Iberoamericano, 2011)