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Assunto: Programação
Data: 31/08/2011
Cinema industrial a "Abrir os Cofres" em Setembro
Cinema industrial a

Em Setembro, a rubrica regular de programação “Abrir os Cofres” é dedicada ao cinema industrial, em quatro sessões de documentários de curta-metragem sobre o mundo da indústria produzidos entre 1933 e 1968, nos dias 2, 7, 14 e 28, às 19h30, apresentadas pelos especialistas Paulo Oliveira Ramos, no dia 2, e Paulo Miguel Martins, no dia 14.

A rubrica “Abrir os Cofres” é programada desde 2003 com a intenção genérica de divulgar uma parte oculta da colecção da Cinemateca (títulos pouco divulgados, preciosidades ou raridades, além de novos títulos) e o seu trabalho de arquivo (títulos recém preservados ou recém restaurados). Desde 2010, o conceito foi alargada a olhares e reflexões exteriores, dando a ver programas de filmes que ilustram o modo como a colecção da Cinemateca pode ser utilizada para estudar o século XX português e incluem apresentações por especialistas e investigadores que contextualizam os filmes a exibir com intervenções iniciais.

Até ao momento, a esse título, participaram nestas sessões António Louçã, Nuno Domingos, Fernando Rosas, José Filipe Costa, Luciano Amaral, Rui Ramos, Pedro Aires Oliveira, Maria João Neto, Manuel Graça Dias, Irene Flunser Pimentel, Frédéric Vidal, José Neves, Margarida Medeiros e Luís Trindade. Em Setembro, para falarem sobre cinema industrial, a Cinemateca conta com a colaboração dos professores Paulo Oliveira Ramos, investigador na área da História do Património, e Paulo Miguel Martins, doutorado em História da Cultura e das Mentalidades no período contemporâneo com uma tese sobre os documentários industriais no cinema em Portugal.
 

Paulo Oliveira Ramos, que virá à Cinemateca no dia 2, às 19h30, apresentará o primeiro programa “Abrir os Cofres” aludindo aos filmes das duas primeiras sessões, títulos dos anos trinta e quarenta que dão a ver a construção naval, a construção de estradas, de automóveis e a montagem de vias férreas, e o lote de filmes seleccionados dos anos cinquenta, década em que o país viveu um importante surto industrial.

No dia 14, às 19h30, o professor Paulo Miguel Martins, apresentará a primeira selecção de filmes dos anos sessenta, década em que o documentário industrial se transformou abrindo mão da reconstituição pedagógica dos processos de fabrico em favor de experiências plásticas e formais, por exemplo no espaço da fábrica, como o filme de Fernando Lopes sobre uma fábrica de cabos ou os filmes de Jacinto Ramos (“Nocturno”) e António Ruano (“O Fogo e o Aço”) sobre a Siderurgia Nacional. A sessão abre com a versão de 1964 de “O Pão” de Manoel de Oliveira, realizado para a Federação Nacional dos Industriais de Moagem, um filme decisivo para a renovação do documentário em Portugal.