07/07/2023, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Harry Belafonte, In Memoriam
Buck and the Preacher
Direito por Linhas Tortas…
de Sidney Poitier
com Sidney Poitier, Harry Belafonte, Ruby Dee, Cameron Mitchell
Estados Unidos, 1972 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Realizado por Sidney Poitier como primeira longa-metragem e coproduzido pela Columbia e a Belafonte Enterprises de Harry Belafonte, é tido como um dos primeiros filmes realizados por um afroamericano seguindo uma história de combate à maioria branca americana e pelos direitos civis (apontam-se paralelos entre a intriga, ambientada por volta de 1860, no pós-Guerra Civil americana no Kansas, e o Movimento dos Direitos Civis dos anos 1960). Ao lado de Ruby Dee, Poitier e Belafonte são também atores do filme, nos papéis de um pistoleiro e de um condutor de carroças. Propondo um western com protagonistas negros, BUCK AND THE PREACHER subverte as convenções do género em Hollywood. Primeira apresentação na Cinemateca.

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07/07/2023, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Histórias do Cinema – P. Adams Sitney: Sexo e Espiritualidade na História do Cinema

Com o apoio da Fundação Luso-Americana para o desenvolvimento
Zerkalo
“O Espelho”
de Andrei Tarkovski
com Margarita Terekhova, Ignat Danilcev, Larissa Tarkovskaia
URSS, 1975 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/12
As intervenções de P. Adams Sitney serão feitas em inglês, sem tradução simultânea
A quarta longa-metragem de Tarkovski é um dos pontos culminantes de toda a sua obra. Trata-se de um filme sobre a memória e sobre a palavra, em que um homem prestes a morrer lembra-se da sua infância, que surge diante da sua memória, como um espelho. Tarkovski assim resumiu o filme: “Os destinos de duas gerações sobrepõem-se no encontro entre a realidade e as lembranças: o do meu pai, do qual se ouvem poemas, e o meu. As imagens de atualidades do tempo de guerra, as cartas de amor do meu pai para a minha mãe, são documentos que moldaram a história da minha vida”. O filme mais pessoal e íntimo de Andrei Tarkovski. A apresentar em cópia digital.

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07/07/2023, 19h30 | Sala Luís de Pina
Com a Linha de Sombra
Jornais de Atualidades de Cuba
duração total da projeção: 76 minutos
legendados eletronicamente em português | M/12
Sessão com apresentação
NOTICIERO 17 - FIDEL NA ONU
Cuba, 1960 – 6 min

NOTICIERO 88 - SEGUNDA DECLARAÇÃO DE HAVANA
Cuba, 1962 – 8 min

NOTICIERO 350 - HOMENAGEM ÀS MULHERES VIETNAMITAS
Cuba, 1967 – 1 min

NOTICIERO 443 - CELEBRAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Cuba, 1969 – 10 min

NOTICIERO 614 - TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO NO CHILE
Cuba, 1973 – 5 min

NOTICIERO 421 - OS "PANTERAS NEGRAS" NOS ESTADOS UNIDOS / REPRESSÃO POLICIAL NOS ESTADOS UNIDOS
Cuba, 1968 – 7 min

NOTICIERO 641 - HOMENAGEM A AMÍLCAR CABRAL
Cuba, 1974 – 2 min

NOTICIERO 835 - CHEGADA A CUBA DE SAMORA MACHEL
Cuba, 1977 – 2 min

NOTICIERO 935 - MORTE DE AGOSTINHO NETO
Cuba, 1979 – 6 min

NOTICIERO 754 – ENCONTRO EM CONAKRY
Cuba, 1976 – 10 min

NOTICIERO 663 – PROCESSO DE QUEDA DE 50 ANOS DA DITADURA FASCISTA EM PORTUGAL
Cuba, 1974 – 21 min

Nesta sessão, serão exibidos 11 noticiários cubanos das décadas de 1960 e 1970, provenientes do ICAIC (Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica) hoje tidos como testemunhos históricos da política global desse tempo. Divididas em quatro blocos, as primeiras quatro curtas-metragens irão focar-se no contexto cubano. Depois, passar-se-á a um foco nas Américas e na África lusófona e, por fim, em Portugal, trazendo um olhar exterior para a recém-inaugurada democracia no nosso país, com uma peça noticiosa de 21 minutos. Primeiras exibições na Cinemateca. A anteceder a sessão, às 18h00 na livraria Linha de Sombra, Camila Arêas e Nancy Berthier debatem o seu livro Noticiero ICAIC latinoamericano: 30 ans d'actualités cinématographiques à Cuba com Maria-Benedita Basto, Laure Pérez e Elodie Roblin.

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07/07/2023, 21h45 | Esplanada
Sessão de Antecipação Doclisboa’23
Footnote to Fact | Millions of Us. A Story of Today | Hands | Anna
duração total da projeção: 87 min
legendados eletronicamente em português | M/12
Sessão com apresentação
FOOTNOTE TO FACT
de Lewis Jacobs
Estados Unidos, 1933 – 8 min

MILLIONS OF US. A STORY OF TODAY
de Tina Taylor, Slavko Vorkapich
Estados Unidos, 1934 – 17 min

HANDS
de Ralph Steiner, Willard Van Dyke
Estados Unidos, 1934 – 4 min

ANNA
de Anastasia Lapsui, Markku Lehmuskallio
Finlândia, 1997 – 58 min

Numa montagem que lembra tanto D. W. Griffith quanto Dziga Vertov, Lewis Jacobs produz, em FOOTNOTE TO FACT, uma sinfonia urbana sobre a Grande Depressão no ano que marca o início do New Deal, balanceando o rápido movimento da sociedade americana rumo à perdição (sem-abrigos, veteranos da guerra esquecidos, alcoólicos caídos pelas ruas) com o de uma mulher em sua casa, entregue ao vai-e-vem da sua cadeira de baloiço. Pungente mistura de documentário com ficção protagonizada por um homem à procura de emprego na América dilacerada pela crise económica, MILLIONS OF US é uma história de perdição e (re)conversão ideológica, com fundo e forma de clara inspiração soviética. HANDS é uma obra imbuída do espírito do New Deal de Roosevelt, já que se concentra numa montagem de planos em que vemos “mãos à obra”, trabalhando, curando, fazendo arte, cozinhando, escrevendo e transacionando valores. Imagem-síntese de uma economia que pulsa perante as adversidades, numa obra encomendada pela Works Progress Administration e assinada por Willard Van Dyke e Ralph Steiner, dois nomes maiores do polo americano do documentário dos anos 30. Anastasia Lapsui e Markku Lehmuskallio dedicaram a sua vida e o seu trabalho enquanto realizadores aos povos indígenas do Norte: aos Sami, Inuit, Nenets, Chukchi e Selkup, entre outros. Juntos, Lapsui e Lehmuskallio, ao tentarem transmitir os modos de ver e a cultura desses povos, que filmam através de uma grande variedade de abordagens cinematográficas – da ficção ao documentário –, captaram as suas vidas. Em ANNA, o primeiro filme que assinaram como correalizadores, contam a história de uma mulher dos Nganasan, um povo da Península de Taymyr gravemente ameaçado de extinção. Na sua infância, Anna foi apresentada num documentário soviético – exemplo de uma criança indígena em processo de assimilação. Mais tarde, haveria de tornar-se secretária do comité do partido Comunista. O ano é 1997: Anna enfrenta o passado, as suas imagens do cinema antigo, a dissolução da União Soviética e o desaparecimento da cultura do seu povo. ANNA é um retrato comovente e compassivo de uma pessoa, mas também do século XX. Primeiras apresentações na Cinemateca. A exibir em cópias digitais.

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