18/06/2025, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Billy Woodberry | Realizador Convidado
Memórias do Cárcere
de Nelson Pereira dos Santos
com Carlos Vereza, Glória Pires, Nildo Parente, José Dumont
Brasil, 1984 - 185 min
legendado em inglês | M/14
Sessão de dia 23, projeção seguida de conversa com Ruth Wilson Gilmore e Billy Woodberry ( em Inglês).
Adaptação do livro homónimo de memórias do grande escritor brasileiro Graciliano Ramos, mais conhecido pelo romance Vidas Secas (1938), o filme de Nelson Pereira dos Santos (que realizou VIDAS SECAS em 1963) encara o “testemunho generoso, aberto” do escritor para, nas palavras do cineasta, mostrar “o cárcere como uma metáfora da sociedade brasileira”: em março de 1936, Graciliano Ramos é detido em Alagoas, sua terra de origem, sem processo, por supostas ligações ao partido comunista e participação na Aliança Nacional Libertadora, que reunia diferentes tendências de esquerda em oposição ao governo de Getúlio Vargas. Publicado em 1953, Memórias do Cárcere é um duro relato de prisão nos estabelecimentos da ditadura brasileira de Vargas. O filme de Nelson Pereira dos Santos, cineasta que foi uma referência para a geração do Cinema Novo brasileiro, é um importante título da filmografia que prosseguiu até 2012. Na Cinemateca, passou uma única vez em 1985. A apresentar em cópia digital.

A sessão repete no dia 23 às 19h30, na sala Luís de Pina.

 
18/06/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte V)
Santa Fe Trail
O Caminho de Santa Fé
de Michael Curtiz
com Errol Flynn, Olivia de Havilland, Raymond Massey, Ronald Reagan
Estados Unidos, 1940 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um western sombrio, situado em 1854, poucos anos antes do início da Guerra de Secessão. Um grupo de oficiais recém-formados (entre os quais o célebre Custer, encarnado por Ronald Reagan) é enviado para o Kansas para pacificar a região, de modo que as obras de construção de uma longa ferrovia possam ir adiante. O filme retraça um episódio histórico de que participou o grande abolicionista John Brown, considerado pelos sulistas escravocratas e os argumentistas do filme como um perigoso fanático, que foi derrotado na batalha ilustrada neste filme e enforcado “por incitar uma revolta de escravos”. A magistral carga de cavalaria é um grande momento de cinema deste que foi o último dos oito filmes de Curtiz protagonizados por Errol Flynn e Olivia de Havilland. Primeira exibição na Cinemateca, a apresentar em cópia digital.

A sessão repete no dia 24 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui
 
18/06/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
À Pala de Camões

Em colaboração com a Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário dos Nascimento de Luís de Camões, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Associação Portuguesa de Escritores
Na Escola | A Ideia e a Imagem: Luís de Camões (Excerto) | Erros Meus
com a presença de Isabel Ruth

NA ESCOLA
de Jorge Cramez
Portugal, 2010 – 21 min

A IDEIA E A IMAGEM: LUÍS DE CAMÕES [EXCERTO]
de Álvaro Manuel Machado
Portugal, 1977 – 15 min

ERROS MEUS
de Jorge Cramez
Portugal, 2000 – 15 min

Duração total da projeção: 51 min | M/12

Luís Vaz de Camões é (re)visto por dois Jorge’s, o escritor (Jorge de Sena) e o realizador (Jorge Cramez). Uma parte substancial do pensamento e da produção lírica de Jorge de Sena foi dedicada à obra de Camões – em particular dedicou-lhe a sua tese de doutoramento. Um dos seus contos, "Super Flumina Babylonis", transforma o poeta em personagem. É a partir desse conto (onde Camões escreve a redondilha Sôbolos rios que vão – “talvez o melhor poema de toda a língua portuguesa”) que Jorge Cramez encena ERROS MEUS. Protagonizada por Luis Miguel Cintra e Isabel Ruth, retrata-se Camões na velhice como um homem doente, sifilítico, incapaz de se movimentar e de suportar as dores e tormentas que o mortificam. Antes, uma curta-metragem do mesmo realizador, NA ESCOLA, onde uma professora indiferente ao tédio das crianças continua a escrever no quadro um poema de Camões – e, por desfastio, quatro alunos saem discretamente, correm sem parar, atravessam paisagens inéditas, até que o escapismo se faz transe de um sonho literário. E, entre os dois, um programa da RTP, da série “A Ideia e a Imagem”, emitido a 10 de junho de 1977, onde Jorge de Sena é entrevistado sobre o seu percurso literário e a sua predileção pela obra de Luís Vaz de Camões.
 
18/06/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Billy Woodberry | Realizador Convidado
Pather Panchali
de Satyajit Ray
com Kanu Bannerjee, Karuna Bannerjee, Subir Banerjee
Índia, 1955 - 125 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Sessão apresentada por José Manuel Costa
Primeira obra de Satyajit Ray e primeiro título da chamada “trilogia de Apu”, que representa três fases da vida da personagem homónima, PATHER PANCHALI revelou um cineasta maior, um universo novo em que confluem a cultura indiana, uma dimensão universal e humanista.  É um filme de exteriores, atores não profissionais, fotografia esplendorosa, uma fortíssima carga poética. Segue a história de uma família pobre numa aldeia remota de Bengala cujo pai, aspirante a poeta e dramaturgo, parte para a cidade procurando melhores condições de vida para todos, enquanto, junto da independente irmã mais velha, Durga, da mãe atormentada que fica com a família a cargo, e de uma singular prima anciã, o pequeno Apu vive uma infância livre mas ameaçada pela pobreza extrema. “O tipo de cinema que flui com a serenidade e a nobreza de um grande rio.” (Akira Kurosawa) Um filme prodigioso. A apresentar em cópia digital.

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