02/01/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
The Great Train Robbery | The Massacre | The Stagecoach Driver and the Girl | Hell Bent
THE GREAT TRAIN ROBBERY
de Edwin S. Porter
com Gilbert M. ‘Broncho Billy’ Anderson, A. C. Abadie
Estados Unidos, 1903 – 11 min
THE MASSACRE
de D.W. Griffith
com Wilfred Lucas, Blanche Sweet, Charles H. West
Estados Unidos, 1912 – 31 min
THE STAGECOACH DRIVER AND THE GIRL
O Cocheiro e a Viajante
de Tom Mix
com Tom Mix, Louella Maxam, Goldie Colwell, Ed Brady
Estados Unidos, 1915 – 12 min
HELL BENT
A Recompensa
de John Ford
com Harry Carey, Duke R. Lee, Neva Gerber
Estados Unidos, 1918 – 53 min
duração total da projeção: 107 min / mudos, com intertítulos em inglês legendados eletronicamente em português | M/12
Ainda sem consciência do género americano por excelência, Edwin S. Porter, no “primeiro dos
westerns”, THE GREAT TRAIN ROBBERY, “limitou-se” a encenar um assalto a um comboio na sequência de outros filmes de assaltos que já começavam a estar na moda. Com toda a sua simplicidade narrativa, o filme de Porter introduziu uma série de fatores que se tornaram determinantes para o futuro do género e apresentou já um rudimento de montagem particularmente interessante. THE MASSACRE, um
western de duas bobinas, foi descrito como um filme de reconstituição histórica do “último combate” do General Custer contra os índios (depois filmado por Walsh no seu clássico THEY DIED WITH THEIR BOOTS ON), mas o resultado é um tratado mais geral sobre o faroeste, mundo implacável onde brancos e índios se envolvem numa espiral de violência. Para Patrick Brion, esta é “uma obra-prima que, longe de desenvolver um contexto racista, mostra que os brancos não hesitam em massacrar os índios”. STAGECOACH DRIVER AND THE GIRL é um “one reel” realizado e protagonizado pelo famoso Tom Mix, um dos mais habilidosos
cowboys do cinema, até porque o foi de verdade na vida (“o único autêntico
cowboy do cinema”, gostava de se arrogar). De acordo com Manuel Cintra Ferreira, este seu filme vale “pela exibição pura e simples do risco, e pela fotogenia dos espaços onde os cavalos correm à desfilada”. HELL BENT representa um período em que John Ford assinava ainda com o nome Jack Ford, e que faz parte da série interpretada por Harry Carey – o primeiro ator-fetiche do realizador, muito antes de John Wayne – na figura de Cheyenne Harry (em Portugal chamado “Caiena”), onde se destaca já uma notável sequência no deserto que Cheyenne e os vilões atravessam. HELL BENT é exibido em cópia digital.
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