Primeiro filme de Bertrand Tavernier rodado em língua inglesa, com um elenco de luxo e uma ambiciosa premissa de ficção científica que dita o seguinte: com os avanços significativos da medicina, a morte por doença tornar-se-á uma raridade tão grande que um produtor televisivo pouco escrupuloso (Harry Dean Stanton) tentará transformar a história de uma mulher gravemente doente (Romy Schneider) no assunto principal para um
reality show. O repórter interpretado por Harvey Keitel estará responsável pelo registo de (indiscutível) mau gosto, mediante uma câmara implantada na sua vista, um vertoviano cine-olho em tempos decididamente orwellianos. Adaptado de um romance de David Compton,
The Unsleeping Eye, LA MORT EN DIRECT, também conhecido por DEATH WATCH, teve uma receção fria por parte da crítica (“demasiado inteligente para o seu bem”, apontou Vincent Canby do
The New York Times), o que tem vindo a ser objeto de reavaliação nos últimos tempos, valendo cada vez mais a ideia, veiculada pela
Télérama, de que este é um filme algo premonitório sobre “a moral do olhar”.
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