25/08/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
LA SOURIANTE MADAME BEUDET
de Germaine Dulac
com Germaine Beudoz, Alexandre Arquillère, Madeleine Guitry
França, 1923 – 38 min / mudo, intertítulos em francês, legendado eletronicamente em português
LE SANG D’UN POÈTE
de Jean Cocteau
com Enrique Rivero, Pauline Carton, Odette Talazac
França, 1930 – 53 min / mudo, intertítulos em francês, legendado eletronicamente em português
Germaine Dulac (1882-1942) foi uma forte personalidade, feminista militante, organizadora de cineclubes e uma presença marcante do cinema francês “de vanguarda” ou “impressionista” dos anos 20. LA SOURIANTE MADAME BEUDET é um clássico do período que aborda a história de uma mulher infeliz no casamento, cujo marido costuma brincar com um revólver vazio. Um dia, ela põe uma bala no revólver, mas sucede algo inesperado. Um espelho trifacetado reflete Madame Beudet e a sua existência. Em LE SANG D’UN POÈTE o protagonista está fechado numa divisão onde não há porta, mas apenas um espelho, “restando-lhe apenas entrar no vidro e passear-se”, transformando-se o espelho em água, que o deixa mergulhar e descobrir um novo mundo. Como é frequente na obra de Cocteau, é um filme cujos espelhos são filmados de frente, um paradoxo irresolúvel que nos reenvia para o mundo dos falsos espelhos.
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