15/04/2023, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
RUHNU
de Andres Sööt
Estónia (período URSS), 1965 – 11 min
PIKK TÄNAV
“A Rua de Pikk”
de Hans Roosipuu
Estónia (período URSS), 1966 – 10 min / sem diálogos
511 PAREMAT FOTOT MARSIST
“As 511 Melhores Fotografias de Marte”
de Andres Sööt
Estónia (período URSS), 1968 – 14 min
KODUKÜLA
“Aldeia Natal”
de Peep Puks, Peeter Tooming
Estónia (período URSS), 1969 – 11 min
KIHNU MEES
“Homem de Kihnu”
de Mark Soosaar
Estónia (período URSS), 1989 – 51 min
Em RUHNU, ganha forma um olhar sereno sobre a vida e a atividade do porto da ilha de Ruhnu, na região de Saaremaa. A obra de estreia do também diretor de fotografia Andres Sööt conta a coragem dos pescadores que enfrentam a “incerteza” do mar para garantir a vida em terra. Mudamos de cenário, ingressando na paisagem urbana, em Tallinn: a agitação da rua é documentada pela câmara de Hans Roosipuu em PIKK TÄNAV, por este fotógrafo de profissão que revela um olho especial para captar os movimentos e gestos mais escondidos dos transeuntes e da arquitetura dos edifícios. De novo na cidade, Andres Sööt produz um olhar humorístico sobre a vida em cafés emblemáticos, como “Pérola” e “Moscovo”, mas na banda sonora, como é referido no título, 511 PAREMAT FOTOT MARSIST, além de temas
rock, ouvimos relatos sobre observações da superfície de Marte. O realizador Peep Puks, auxiliado pelo fotógrafo estónio Peeter Tooming, faz-nos regressar ao interior da Estónia, a uma aldeia que enfrenta problemas como a desertificação, o esquecimento e a pobreza: “A aldeia de província é como uma ilha”, observa o narrador de KODUKÜLA. Em KIHNU MEES, um cidadão diz que a cultura da Ilha de Kihnu é um pedaço autêntico de Estónia, que urge ser preservado. Mas a população sofre com um fracassado processo de coletivização agrária, devido ao isolamento a que é votada por parte do governo. Depois de ter filmado “as mulheres de Kihnu”, para um documentário de 1974 intitulado KIHNU NAINE, Mark Soosaar realizou esta obra corajosa (a pouco tempo do colapso da União Soviética), onde é feita uma crítica franca ao modo de funcionamento do sistema político então vigente.
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